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ÀS MARGENS DO NILO
Na margem oeste do Nilo, a tumba de Tutancâmon é a única no Vale dos Reis a guardar a múmia do faraó
Em Luxor, tire um dia inteiro só para admirar Karnak
DA ENVIADA ESPECIAL
Waset na Antiguidade e Tebas para os gregos, a atual cidade de Luxor (nome dado pelos
árabes) foi capital do Egito durante um dos períodos mais ricos do país, o chamado Novo
Império (1550 a.C. a 1050 a.C.).
O adjetivo "faraônico" nunca
foi tão bem aplicado para descrever as atrações de Luxor:
ruínas de templos grandiosos,
construídos durante séculos
por uma sucessão de faraós e
tumbas ricamente decoradas e
com múmias de reis e rainhas.
Pode-se passar um dia inteiro visitando o sítio histórico de
Karnak, uma "cidade" de templos dedicados aos três principais deuses locais: Amun, sua
mulher, Mut, e o filho do casal,
Khonsu. O ponto alto de Karnak é a sala do hipostilo -um
conjunto de 134 colunas de pedras, cada uma com três metros
de diâmetro e até 21 metros de
altura. Praticamente todas as
paredes e colunas são decoradas com figuras dos faraós.
O templo de Luxor, a 2 km de
Karnak e no centro da cidade, é
menor, mas igualmente interessante. A dica é visitá-lo
quando as luzes começam a ser
acesas. O templo fica iluminado
num belo tom de dourado. É
um dos poucos sítios históricos
abertos durante a noite.
Na margem oeste do Nilo, lado reservado aos mortos pelos
antigos egípcios, estão o Vale
dos Reis, uma depressão árida
sob uma montanha em formato
de pirâmide, e os templos funerários -construídos para receber oferendas ao rei morto.
No Vale dos Reis, o segundo
local mais visitado do Egito, foram enterrados os faraós de
três dinastias, entre 1550 a.C. e
1069 a.C. -cerca de mil anos
depois da "moda" das pirâmides. As tumbas foram escavadas na rocha e têm as paredes
decoradas com pinturas do rei
e orações para guiar seu espírito até o mundo dos mortos.
O ingresso ao sítio histórico
dá direito a visitar três tumbas.
Das 63 descobertas no local,
poucas são abertas à visitação,
para evitar deterioração. A
tumba mais famosa é a de Tutancâmon, cujo ingresso é vendido separadamente (R$ 36). É
a única tumba do vale a guardar
a múmia de seu faraó.
O templo funerário de Hatchepsut, rainha que usurpou o
poder do enteado, Tutmósis 3º,
é um dos mais bonitos do país.
Ainda na margem oeste do
Nilo, está o templo funerário de
Ramsés 2º, conhecido como
Ramesseum, que, apesar de danificado por terremotos e pelo
tempo, mantém belos relevos e
estátuas, e o Medina Abu, templo memorial de Ramsés 3º.
(SÍLVIA FREIRE)
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