São Paulo, quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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ÀS MARGENS DO NILO
Na margem oeste do Nilo, a tumba de Tutancâmon é a única no Vale dos Reis a guardar a múmia do faraó

Em Luxor, tire um dia inteiro só para admirar Karnak

DA ENVIADA ESPECIAL

Waset na Antiguidade e Tebas para os gregos, a atual cidade de Luxor (nome dado pelos árabes) foi capital do Egito durante um dos períodos mais ricos do país, o chamado Novo Império (1550 a.C. a 1050 a.C.).
O adjetivo "faraônico" nunca foi tão bem aplicado para descrever as atrações de Luxor: ruínas de templos grandiosos, construídos durante séculos por uma sucessão de faraós e tumbas ricamente decoradas e com múmias de reis e rainhas.
Pode-se passar um dia inteiro visitando o sítio histórico de Karnak, uma "cidade" de templos dedicados aos três principais deuses locais: Amun, sua mulher, Mut, e o filho do casal, Khonsu. O ponto alto de Karnak é a sala do hipostilo -um conjunto de 134 colunas de pedras, cada uma com três metros de diâmetro e até 21 metros de altura. Praticamente todas as paredes e colunas são decoradas com figuras dos faraós.
O templo de Luxor, a 2 km de Karnak e no centro da cidade, é menor, mas igualmente interessante. A dica é visitá-lo quando as luzes começam a ser acesas. O templo fica iluminado num belo tom de dourado. É um dos poucos sítios históricos abertos durante a noite.
Na margem oeste do Nilo, lado reservado aos mortos pelos antigos egípcios, estão o Vale dos Reis, uma depressão árida sob uma montanha em formato de pirâmide, e os templos funerários -construídos para receber oferendas ao rei morto.
No Vale dos Reis, o segundo local mais visitado do Egito, foram enterrados os faraós de três dinastias, entre 1550 a.C. e 1069 a.C. -cerca de mil anos depois da "moda" das pirâmides. As tumbas foram escavadas na rocha e têm as paredes decoradas com pinturas do rei e orações para guiar seu espírito até o mundo dos mortos.
O ingresso ao sítio histórico dá direito a visitar três tumbas. Das 63 descobertas no local, poucas são abertas à visitação, para evitar deterioração. A tumba mais famosa é a de Tutancâmon, cujo ingresso é vendido separadamente (R$ 36). É a única tumba do vale a guardar a múmia de seu faraó.
O templo funerário de Hatchepsut, rainha que usurpou o poder do enteado, Tutmósis 3º, é um dos mais bonitos do país.
Ainda na margem oeste do Nilo, está o templo funerário de Ramsés 2º, conhecido como Ramesseum, que, apesar de danificado por terremotos e pelo tempo, mantém belos relevos e estátuas, e o Medina Abu, templo memorial de Ramsés 3º. (SÍLVIA FREIRE)


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