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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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AVIAÇÃO

Reino Unido e França começaram projetos separadamente nos anos 1950, mas decidiram unir esforços em 1962

Ultrapassado, supersônico ainda é único

DA REDAÇÃO

O Concorde envelheceu, tem janelas pequenas como escotilhas, assentos estreitos e ambientação interna com luz indireta, o que denuncia que o modelo saiu da prancheta nos anos 60. Mas, ainda hoje, não há máquina comparável, capaz de voar a 2.200 km/h.
Reino Unido e França começaram a trabalhar no planejamento de aviões supersônicos comerciais em 1956 separadamente e, em 1962, dadas as coincidências de projeto, resolveram se unir.
O primeiro protótipo do Concorde foi mostrado em Toulouse, na França, em 1967, e os dois primeiros modelos do supersônico, o 001 (francês) e o 002 (britânico), só entraram em operação comercial dois anos depois, em 1969.
Dos 16 aviões fabricados, 14 foram feitos para voar com passageiros. Em 1973, na crise do petróleo, os aviões receberam seu primeiro golpe -mas, como eram revolucionários, sobreviveram.
Projetado e desenvolvido por firmas francesas e inglesas -como Aérospatiale, BAC, Rolls Royce e Snecma-, o Concorde, e só ele, na extensa categoria dos aviões de carreira, é capaz de fazer a volta ao mundo em menos de 30 horas, percorrendo 45.400 km. Os demais jatos em operação comercial são subsônicos.
Mesmo o Concorde, que tem configuração variável, mudando a angulação do bico, decola e pousa subsônico, desenvolvendo velocidade Mach 2 quando está nivelado, a 18 mil metros de altitude (o dobro dos jatos normais).
Hoje, além das rotas Londres-Nova York, operada pela British Airways, e Paris-Nova York, da Air France, o Concorde é eventualmente utilizado em vôos "charter". Mesmo o papa João Paulo 2º voou num Concorde fretado, em maio de 1989.(SC)


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