São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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NO TOPO DO JAPÃO

Paisagem do alto e cratera compensam "congestionamento"

Chegada ao topo do Fuji pode ser demorada devido ao grande número de visitantes na alta temporada

Yukie Hori
Andarilhos observam o nascer do sol no topo do monte Fuji, após caminhar por mais de 7 km

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO

A partir da metade do oitavo estágio da subida ao Fuji, o terreno irregular e vertical dá lugar a um trecho mais plano, arenoso e escorregadio. Mais perto do pico, a paisagem fica mais cinza, com terra vermelha, comprovando o local em que se está pisando: um vulcão, inativo desde 1707.
A esperada chegada pode ser, no entanto, uma chateação. Durante a alta temporada, há um grande congestionamento de pessoas. O caminho é estreito, e todos estão cansados.
A cratera do vulcão tem cerca de 500 metros de diâmetro de superfície, mais ou menos cinco vezes o comprimento de um campo de futebol como do Maracanã, e 250 metros de profundidade, aproximadamente uma vez e meia a altura do edifício Itália, em São Paulo.

Moeda
À beira desse abismo, é difícil ficar indiferente e não se sentir orgulhoso de estar a quase 4.000 metros de altitude. Abaixo, o resto do mundo está escondido pelo tapete de nuvens.
Fora isso, há diversas lojas e barracas vendendo lembranças e comida para os viajantes -normalmente, esgotados. Aproveite também para carimbar seu último registro no bastão, como um troféu.
É costume jogar uma moedinha de 50 ienes (uma das moedas furadas japonesas) como oferenda no baú listrado ao lado dos monges que vivem no alto, bater palmas e, com as mãos juntas por alguns momentos, rezar por algo que considere importante.
Esse baú listrado existe em diversos templos pelo Japão, mas realizar esse gesto no ponto mais alto do país, sem dúvida, tem um significado especial.
E, se quiser incluir no cardápio o extra de testemunhar o nascer do sol, saudando e sendo saudado pelos demais alpinistas -"ohayou gozaimasu!" (bom dia!)-, é bom se planejar direitinho. Durante o verão nessa região, o sol dá as caras bem cedo, entre as 4h30 e as 5h da manhã.
(MAURÍCIO KANNO)


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