São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Cabanas são opção para pausa e até para umas horas de sono

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO

A rota principal para subir o Fuji tem oito cabanas com luz artificial, assentos, venda de lanches e refeições, banheiros e, em algumas, hospedaria.
Essas cabanas ficam nos marcos de mudança de estágio, além de algumas entre o sétimo e o oitavo, quando começa a fase mais longa e difícil da rota. Assim, é possível fazer pausas.
O francês Matthieu Gaire, 28, acha boa a estrutura. Como já esteve nos Alpes, em seu país, compara: "Era bem diferente, não havia uma trilha organizada como aqui, onde o espaço é mais amplo para caminhar".
Os banheiros são bem cuidados e, normalmente, funcionam com base na colaboração voluntária de 100 ienes (R$ 1,47), uma prática que funciona no espírito colaborativo e honesto. Na entrada dos banheiros, há pilhas de moedas ao alcance de todos. Mas elas ficam ali, intactas, à espera do responsável pela manutenção.
Ao chegar ao pico, é possível dormir ao ar livre ou consumir algo em um dos restaurantes e dormir ali mesmo. Ou, ainda, deixar para dormir numa hospedaria no oitavo estágio.
A professora bruneana Foo Chuan Eng, 32, conta sua experiência na hospedaria do oitavo estágio, em que pagou cerca de 3.000 ienes (R$ 44,34) para dormir por três horas: "Era um grande salão, dividido em duas fileiras de 30 sacos de dormir cada uma, em que as pessoas dormiam bem próximas umas das outras".
Ela conta que não era fácil pegar no sono porque alguns roncavam, o lugar era frio e não cheirava bem, e avisa que não há banheiro ou local para banho. O venezuelano Orlando Gonzalez, 30, discorda. Diz que o local era confortável, com coberta, futon e almofada. "Dormi muito bem".
O japonês Suzuki Kei, 29, deixou para dormir apenas uma hora no topo do monte. O indiano Manikandan Vaira, 28, não dormiu nada. Mas não recomenda: "Sugiro que as pessoas durmam ao menos quatro horas antes de descer, para que aproveitem melhor". Os preços variam: no sétimo estágio, uma hospedaria com cerca de 100 lugares cobra 5.600 ienes (R$ 82,80). E nem sempre há vagas.

Lanche
A comida e outros itens no topo do Fuji são caros. Se nas máquinas espalhadas na base do monte uma lata de refrigerante ou suco custa cerca de 100 ienes (R$ 1,47), no topo o preço fica quatro vezes mais caro. Levar a própria comida é boa dica para economizar.
O preço alto é explicável pela dificuldade de acesso. Quem trabalha em estágios mais elevados do Fuji chega a morar ali na alta temporada. Matsuda Kouta, 22, que produz suvenires e as vende no topo, se instala ali em julho e agosto.
Em quase todo o trajeto é possível telefonar. No sétimo estágio, o brasileiro Renato Onodera diz que, de seu celular, havia sinal até para ligar para o Brasil. (MAURÍCIO KANNO)


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