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Arroz, batata e bananas compõem mesa
DA ENVIADA ESPECIAL
"Você tomou a tal bebida que
Hemingway tomava naquele
bar?" Mesmo sem precisão, essa é
a pergunta que muitos fazem a
quem volta de Cuba. Duas são as
respostas, porque o autor tomava
seus daiquiris no El Floridita e os
eternos mojitos no La Bodeguita
del Medio. Esses restaurantes vivem lotados, mas isso não significa que sejam as melhores opções
para comer em Havana.
Passe pelos dois, que ficam em
Havana Velha. Prove os drinques
à base de rum cubano, assine nas
paredes do La Bodeguita (tel. 00/
xx/53/7/67-1375) e encoste no balcão vermelho do El Floridita (tel.
00/xx/53/7/67-1300) para ver o
barman preparar o daiquiri. Então, prepare-se para conhecer outros restaurantes.
Arroz, feijão, carne de porco,
batata frita, banana frita, batata-doce. Esses ingredientes integram
o tradicional prato cubano e podem ser encontrados em quase
todos os restaurantes, inclusive
nos mais sofisticados.
Em qualquer lugar, não deixe de
provar o delicioso moros e cristianos, feito à base de arroz e feijão-preto, que são cozidos juntos
-uma espécie de baião-de-dois.
Na chamada 5ª Avenida fica o
restaurante La Cecília (tel. 00/xx/
53/7/204-1562). Lá é possível comer bem sem gastar muito. Por
US$ 6,50 come-se cerdo assado,
moros e cristianos, batatas, bananas fritas e salada à vontade. Tudo
isso cercado por um ambiente
com árvores e passarinhos cantando. E, claro, são almoços e jantares devidamente caribenhos. A
banda Aché Sonero, com suas
maracas e timbales, toca entre as
mesas e faz os clientes, inevitavelmente, balançarem na cadeira.
No El Ajibe (tel. 00/xx/53/7/204-1583) você prova o saboroso frango assado com molho de laranja.
A acidez do suco da fruta dá um
sabor especial ao arroz branco,
que se colore levemente. Acompanhado de, claro, batatas e bananas fritas, o prato custa US$ 12,
com salada. A cerveja Cristal, nacional, custa US$ 2, e os refrigerantes do tipo cola, a Tropikola e a
Tukola, US$ 1 a lata.
No restaurante La Casona de 17
(tel. 00/xx/53/7/33-4529), no bairro Vedado, o prato mais pedido é
o arroz com frango do Caribe.
Servido em uma cumbuca, o arroz avermelhado com ervilhas e
pimentões lembra um risoto. Mas
a "mistura" mesmo fica escondida no fundo: um bem fornido pedaço de frango. Por US$ 3,50.
O La Ferminia (tel. 00/xx/53/7/
33-6555) faz você quase esquecer
que está em Cuba, a não ser pelo
fato de você aparecer em um daqueles divertidos táxis que caem
aos pedaços. O lugar é uma espécie de casa requintada, com móveis, assoalho e tapetes antigos.
Prove a boa variação de frango no
espeto temperado com alho.
Se a fome bater quando você estiver próximo ao Capitólio, uma
opção barata e rápida é o Hanoi
(tel. 00/xx/53/7/67-1029), a três
quadras do local. Lá você prova
pratos simples por US$ 2,80, no
máximo. O prato mais caro é um
filé de peixe, que custa US$ 7.
Comida caseira
Quando o assunto é comida,
não há como deixar de falar dos
tradicionais "paladares". Os pequenos restaurantes, instalados
em salas e pátios de casas comuns,
surgiram depois da exibição da
novela brasileira "Vale Tudo", em
que a personagem de Regina
Duarte parte da produção caseira
para montar uma cadeia de restaurantes.
O aumento de turistas na ilha e
o sucesso dos "paladares" fizeram
do La Guarida (tel. 00/xx/53/7/62-4940) um "paladar" sofisticado. O local, em um cortiço de Havana, foi cenário para o filme
"Morango e Chocolate".
De fora, a fila da sorveteria Coppelia, a maior "heladeria" de Havana, parece de hospital público
brasileiro, de tão imensa. Para
eles, uma bola de sorvete é vendida por 1 peso (US$ 0,04), enquanto o turista paga US$ 1,50 por uma
bola e US$ 2,80 por duas bolas.
De tempos em tempos, a Coppelia oferece sorvete de graça aos
cubanos. Dizem que o sorvete de
lá já foi melhor, mas continua tendo um sabor especial.
(KC)
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