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Furacão ameaça até novembro
DA ENVIADA ESPECIAL
Quem esteve em Havana entre
os dias 18 e 23 de setembro pôde
perceber o quanto as notícias da
chegada de um furacão podem
assustar os cubanos. Mesmo
acostumados aos ciclones, eles ficaram ligados na TV e no rádio o
tempo todo para saber da aproximação do furacão Isidore.
A TV cubana orienta para que a
população não se afaste de suas
casas. Os cubanos fazem reservas
de água e colocam madeiras nas
janelas. Nos hotéis, adesivos são
colados nos vidros para conter
possíveis estilhaços. Passeios são
cancelados.
O estado de alerta máximo foi
decretado nas Províncias de Pinar
del Rio, Havana, Matanzas, Villa
Clara e Cienfuegos e no município de Isla de la Juventude. A temporada de riscos de ciclones no
país vai de 1º de junho a 30 de novembro. Setembro é considerado
o segundo mês mais perigoso, depois de outubro. Nos últimos 200
anos, 24 furacões atingiram Cuba
em setembro e 37 em outubro.
O município de Pinar del Rio foi
um dos locais mais afetados durante a passagem do Isidore. O
mar invadiu cerca de 200 metros
da costa, o que não ocorria desde
1964. Centenas de pessoas ficaram em abrigos, à espera do fim
da chuva, que durou mais de 20
horas. Em Isla de la Juventude, toneladas de frutas se espalharam
com o vento e mais de 1.600 lojas
ficaram destruídas. Durante 48
horas, não havia energia elétrica.
Fidel Castro esteve na Província
para averiguar os estragos causados pela passagem do Isidore. Em
Cayo Largo do Sul e Varadero, turistas e funcionários foram retirados de áreas de risco. Em Havana,
os estudantes das escolas de campo foram transferidos para locais
seguros.
(KC)
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