São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 2002

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Furacão ameaça até novembro

DA ENVIADA ESPECIAL

Quem esteve em Havana entre os dias 18 e 23 de setembro pôde perceber o quanto as notícias da chegada de um furacão podem assustar os cubanos. Mesmo acostumados aos ciclones, eles ficaram ligados na TV e no rádio o tempo todo para saber da aproximação do furacão Isidore.
A TV cubana orienta para que a população não se afaste de suas casas. Os cubanos fazem reservas de água e colocam madeiras nas janelas. Nos hotéis, adesivos são colados nos vidros para conter possíveis estilhaços. Passeios são cancelados.
O estado de alerta máximo foi decretado nas Províncias de Pinar del Rio, Havana, Matanzas, Villa Clara e Cienfuegos e no município de Isla de la Juventude. A temporada de riscos de ciclones no país vai de 1º de junho a 30 de novembro. Setembro é considerado o segundo mês mais perigoso, depois de outubro. Nos últimos 200 anos, 24 furacões atingiram Cuba em setembro e 37 em outubro.
O município de Pinar del Rio foi um dos locais mais afetados durante a passagem do Isidore. O mar invadiu cerca de 200 metros da costa, o que não ocorria desde 1964. Centenas de pessoas ficaram em abrigos, à espera do fim da chuva, que durou mais de 20 horas. Em Isla de la Juventude, toneladas de frutas se espalharam com o vento e mais de 1.600 lojas ficaram destruídas. Durante 48 horas, não havia energia elétrica.
Fidel Castro esteve na Província para averiguar os estragos causados pela passagem do Isidore. Em Cayo Largo do Sul e Varadero, turistas e funcionários foram retirados de áreas de risco. Em Havana, os estudantes das escolas de campo foram transferidos para locais seguros. (KC)


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