São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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ÁFRICA

Em Benguela, prédios vazios são como registro histórico

Cidades com clima pacato conquistam com praias de areias claras e com a simpatia dos seus moradores

EM ANGOLA

Benguela, Lobito e a barra do Kuanza são os lugares indicados para conhecer uma Angola mais tranquila. Benguela é a segunda cidade mais importante de Angola. Fica a 30 km do porto de Lobito. Há uma linha de trem, em restauração, que liga Lobito a Benguela.
Na guerra civil, pontes foram bombardeadas, e inúmeras minas foram instaladas no trecho que é tido como um dos passeios mais pitorescos do país.
Um acordo com o governo chinês estabeleceu o fim das obras de recuperação do trajeto em um período de 30 meses, ao preço de US$ 300 milhões.
As duas cidades têm clima pacato e praias de areias claras.
Há boas opções de hospedagem, mas é a simpatia dos habitantes que torna a estada por ali muito agradável.
Há muitos edifícios ainda abandonados. Grandes prédios corporativos e mansões à beira-mar cobertas de poeira e rachaduras relembram um período de pujança econômica da antiga colônia portuguesa. Diferentemente de Luanda, aqui poucos desses prédios foram invadidos. Essas testemunhas de concreto das décadas passadas guardam um estilo histórico único, que pode se perder quando forem reformadas para reutilização.
Saindo de Luanda, o viajante que enfrenta as perigosas estradas do país começa a descobrir a paisagem africana. Florestas de baobás se revezam com cemitérios de automóveis e musseques, povoados pobres com pequenas habitações cor de terra que se mimetizam com as montanhas.
Os baobás são um símbolo da África. Originárias da ilha de Madagascar, as árvores gigantes de tronco largo perdem as folhas durante a seca e dão um fruto alongado, com a forma de uma bola de futebol americano, chamado múcua. O tronco de algumas delas chega a atingir sete metros de diâmetro.
Não muito distante da capital, um dos principais pontos turísticos é o Miradouro da Lua, região de falésias que se estende por quilômetros em frente ao mar e proporciona uma paisagem que parece de outro planeta, daí seu nome.
Nos fins de semana, no mercado do Benfica -20 km ao sul de Luanda- cerca de cem tendas vendem esculturas, tecidos e outros tipos de artesanato.
Pechinche, pois os preços podem ser inflacionados ao dobro ou até mais. (MARCELO PLIGER)


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