DA ENVIADA ESPECIAL

Nada de barracas! As frutas, legumes e verduras são dispostas no Mercado Municipal de Antigua em grandes cestas encapadas com tecidos e espalhadas pelo chão. As vendedoras -a maior parte dos comerciantes ali são mulheres- não gritam na orelha dos passantes o preço do tomate ou da batata.
Elas ficam ali, quietinhas, sentadas ou agachadas no chão com aquelas roupas coloridas e fluorescentes, à espera do comprador. A timidez é tanta que dificilmente elas olham nos olhos do turista -principalmente nos dos homens.
Mas não se engane: de bobas as vendedoras não têm nada. Para tirar a prova, peça a elas autorização para tirar uma foto. Sejam quantas forem as moças que estiverem enquadradas na sua máquina, todas vão confabular sobre o trocado que você terá de deixar para cada uma depois que disparar o flash.
Ir ao mercado também é uma oportunidade para comer o que, de fato, os guatemaltecos consomem. Há "comedores" espalhados por todo o galpão, com comida típica em panelas destampadas e, geralmente, dispostas umas por cima das outras. Tem refrigerante para acompanhar e mesinhas próximas, mas dificilmente o turista experimenta o bufê, e as cadeiras acabam ocupadas pelos trabalhadores locais.
Entre as frutas da região, é possível encontrar a pitaia. Mas um dos maiores sucessos de venda por lá é bastante conhecido dos brasileiros. Consumido de um jeito bem diferente, o abacate está sempre presente nas refeições. E esqueça o açúcar. Os guatemaltecos só o apreciam em pratos salgados.
Ir ao mercado de Antigua é assim: dá o caminho das pedras para o sabor regional e revela também a simpatia, os costumes e a receptividade dos guatemaltecos. (PPR)


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