São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2007

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VULCÃO DE CORES

Mescla de sabores fortes identifica comida

Carnes, feijão, abacate e pimenta vêm juntos à mesa; carne de porco é a favorita entre guatemaltecos

DA ENVIADA ESPECIAL À GUATEMALA

Sentir o sabor da cidade. Era essa a idéia ao ir ao restaurante El Arco, em Antigua. Uma entrada de cogumelos ao alho diminui a ansiedade da espera, enquanto o ambiente é invadido por cheiros que misturam carne, lingüiça e feijão.
E é quando tudo isso, somado a grossos pedaços de queijo e uma porção de guacamole -receita que usa abacate, tomate, cebola, limão e coentro-, chega à mesa que tudo fica claro: esse é o churrasco antigueño.
Se imaginar esse conjunto de sabores tão fortes parece indigesto, provar é uma experiência inesquecível. Por 85 quetzals (ou US$ 12), é possível passar por uma feliz experiência gastronômica como essa.
Que pode ser seguida de outras, como a degustação do suban-iq (55 quetzals ou US$ 8), que vem com carnes de frango, de porco e de vaca cozidos no vapor com molho de pimenta, tomate e arroz, do restaurante La Calle de la Fonda Real, ou o cordeiro recheado (120 quetzals ou US$ 17) e a salsicha francesa (95 quetzals ou US$ 13) que leva lingüiça, cebola caramelada e batatas), do restaurante do hotel Panza Verde (www.panzaverde.com).
Nesse último, quem comanda a cozinha é o chef Christophe Pache. Antes de assumir o Panza, o projeto de vida desse suíço formado em gastronomia na França era abrir um restaurante em Salvador. "Estava decidido a fazer um negócio no Brasil". O que o impediu foi a paixão súbita por uma guatemalteca. "Eu estava a passeio pela Guatemala, quando conheci uma garota, com quem acabei me casando", diz.
Pela segunda vez na viagem, o assunto terminou em futebol, e o chef foi presenteado com uma camisa do Palmeiras. "Mezzo" para agradecer pelo banquete, "mezzo" para inspirá-lo ainda mais na preparação da carne de porco, uma das iguarias mais apreciadas do país. (PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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