São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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"PURA VIDA"

Nas estradas, propinas são uma pedra no caminho

Policiais pedem "café" para não multar; de Tamarindo a San José, há trechos em que limite é de 25 km/h

DA ENVIADA ESPECIAL

A Costa Rica seria perfeita se não fosse um detalhe: o café. Não o bom café que o país centro-americano exporta para o resto do mundo. É o "café" de alguns maus policiais -no caso, policiais das estradas. Ao alugar um carro, a companhia avisou, extra-oficialmente: não dê mais de US$ 10 de propina.
Dito e feito, no dia 7 de janeiro, das 8h às 13h, fomos parados quatro vezes de Tamarindo a San José. Na ida, nenhuma vez. A explicação é que fomos à noite para a praia. Na volta, era dia. E a prancha no carro denunciava "gringos" na direção.
Na primeira vez, convencemos o guarda de que não havia ocorrido infração e, sem "café", seguimos em frente.
A cerca de 40 minutos, aconteceu de novo. Na principal estrada costarriquenha há trechos em que o limite de velocidade é 25 km/h. Portanto, ao atingir 60 km/h não dava para deixar passar. A multa: US$ 40. Ele foi rápido, pediu US$ 10 e "não se fala mais nisso".
Mais meia hora, e outra parada. Dessa vez, o guarda alegou velocidade de 93 km/h -e falou em uma multa ainda mais alta. Pediu US$ 20. Sim, eles pedem.
Quase chegando a San José, a quarta parada. O motivo alegado era uma ultrapassagem "proibida". "Choramos", nada de propina e chegamos a San José. A sensação que ficou é que deveríamos ter viajado à noite e dormido em San José- investindo o dinheiro em um bom hotel. (MARIANA DESIMONE)

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