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Podem culpar a (des)organização dos campeonatos, o nível técnico dos times, o fracasso do Brasil na Olimpíada. Não importa. O fato é que os jogos de futebol não estão dando mais a audiência que costumavam dar. Era de esperar, portanto, que os programas que debatem esse esporte também perdessem audiência. Não é o que está acontecendo.
Segundo Rogério Barolo, diretor do "Mesa-Redonda", da TV Gazeta, os responsáveis por isso são os recentes escândalos no mundo da bola e as consequentes CPIs do futebol. "Mesmo com o futebol em baixa, nós não só mantivemos a audiência, como estamos atingindo picos maiores do que os esperados nesta época do ano. Chegamos a 5 pontos quando entrevistamos o Luxemburgo. Mas a gente tenta tornar a CPI o mais popular possível. Não mostramos os bastidores de Brasília, e sim como é que as falcatruas influenciam nos times."
Jorge Cajuru, que recentemente passou a apresentar, ao lado de Juca Kfouri, o "Bola na Rede", na RedeTV!, também afirma que seu programa está sendo beneficiado com as CPIs. "Estamos indo bem no Ibope, e não tenho dúvidas de que isso se deve à CPI." No entanto, sua opinião não é compartilhada por Kfouri: "A CPI, por ser um assunto árido, tende a derrubar a audiência. O que as pessoas querem ver é bola na rede".
O "Cartão Verde", comandado por Flávio Prado e transmitido pela TV Cultura, tem insistido bastante na CPI. "Fomos os primeiros a entrevistar a ex-secretária do Luxemburgo, o próprio Luxemburgo e o Eurico Miranda. Nosso ibope, que antes oscilava entre 1 e 2 pontos, agora tem aumentado, atingindo média de 2 pontos, com picos de 4", afirma Denise Mauler, chefe do núcleo de esportes da Cultura.
O "Supertécnico", exibido pela Band, não sofreu alterações recentes em sua audiência. A assessoria de imprensa da Traffic, produtora do programa, afirmou não acreditar que a CPI possa influenciar nos números do Ibope. (FDR)



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