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PERFIL / MARIA AMORIM
O sobrenome ilustre e a presença de segunda a sexta na TV
não fazem de Maria Amorim, que comanda o chat (bate-papo)
do "O+", uma sucessora natural de seu pai, o jornalista Paulo
Henrique Amorim. "Não penso em ter um programa jornalístico. Meu perfil tem mais a ver com entretenimento", diz Maria,
cuja função no programa é reproduzir, ao vivo, as perguntas
que recebe no bate-papo de seu computador.
Socióloga comanda chat no "O+", da Band
Divulgação
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A socióloga Maria Amorim, filha de Paulo Henrique Amorim, que comanda o bate-papo do programa "O+", na Bandeirantes |
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de coordenar o chat do "O+", que
outras funções você tem no programa?
Quando Otaviano Costa assumiu o
programa, ainda como "H", pensamos
em um quadro interativo, que consistiria
em um chat que abrisse em tempo real
quando o "O+" fosse ao ar, às 20h30.
Muitas das perguntas são feitas por pessoas de outros Estados e por brasileiros
que moram fora do país. Eu as respondo
e reproduzo as melhores no ar. O quadro
foi criado pela produção da Band, juntamente com Otaviano e o ex-diretor LP
Simonetti.
Você trouxe idéias suas para o quadro?
O chat tem a minha cara. Fiz todos os
contatos com provedores de acesso. Eu
já integrava a equipe de produção e fazia
contatos com convidados. Daí, o diretor
apostou em mim à frente das câmeras.
Antes de participar do "O+", que outros
trabalhos desenvolveu na TV?
Trabalhei no programa "Juca Kfouri",
na CNT/Gazeta, como assistente de produção. Depois, atuei durante quase um
ano na produção do "H", com Luciano
(Huck), marcando entrevistas e fazendo
reportagens. Com a saída do Luciano,
Otaviano me ofereceu essa nova atração.
O convite para apresentar o quadro surgiu porque você demonstrou naturalidade diante das câmeras?
Quando me contrataram, há um ano,
falei que tinha eventualmente interesse
em aparecer no vídeo. Mas tudo por alto,
não estava no meu contrato. No final, o
convite partiu deles. Eles acharam que
seria interessante fazer uma experiência.
No chat, você recebe perguntas bizarras
ou cantadas e propostas obscenas?
Desenvolvemos um mecanismo que
bloqueia o envio de palavrões e outras
bobagens. Na estréia, não tínhamos colocado ainda um filtro de imagens e nos
mandaram uma foto pornográfica. Esse
tipo de coisa atrapalha o andamento do
programa. Quanto às cantadas, dou risadas. Levo na brincadeira.
Fala-se muito em convergência entre TV
e Internet, mas poucas atrações de TV
usam a rede mundial. Há planos de tornar
a Internet mais presente no "O+"?
Tínhamos um quadro chamado
"www", que dava dicas de sites. O problema é que é muito chato falar sobre Internet sem mostrar imagens. Agora, fecharam um contrato com um novo provedor que transmitirá o programa pela
Internet, a partir do dia 13 de março,
quando o "O+" reestréia. Queremos ainda colocar partes do chat no ar.
O que você fazia antes da TV?
Sou formada em sociologia, pela Georgetown University, dos EUA, país em
que morei durante nove anos. Pouco antes de voltar para o Brasil, fiz um estágio
na Band, na França, durante a Copa do
Mundo de 98. Apaixonei-me por TV.
Meu pai (o jornalista Paulo Henrique
Amorim) trabalha em televisão e sempre
participei da vida profissional dele.
Um programa jornalístico, como o "Conversa Fiada" (seg., às 21h40, na Cultura),
de seu pai, também está nos planos?
Jornalístico não. Meu perfil tem mais a
ver com entretenimento. Além disso, é
chato ficar sempre sendo comparada.
Engraçado que meu programa acabou
caindo no mesmo horário que o dele.
Isso rendeu desentendimentos?
Não (risos). Felizmente atuamos em
áreas bem diferentes.
(BRUNO GARCEZ)
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