São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2000


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PERFIL / MARIA AMORIM
O sobrenome ilustre e a presença de segunda a sexta na TV não fazem de Maria Amorim, que comanda o chat (bate-papo) do "O+", uma sucessora natural de seu pai, o jornalista Paulo Henrique Amorim. "Não penso em ter um programa jornalístico. Meu perfil tem mais a ver com entretenimento", diz Maria, cuja função no programa é reproduzir, ao vivo, as perguntas que recebe no bate-papo de seu computador.
Socióloga comanda chat no "O+", da Band

Divulgação
A socióloga Maria Amorim, filha de Paulo Henrique Amorim, que comanda o bate-papo do programa "O+", na Bandeirantes


DA REPORTAGEM LOCAL

Além de coordenar o chat do "O+", que outras funções você tem no programa?
Quando Otaviano Costa assumiu o programa, ainda como "H", pensamos em um quadro interativo, que consistiria em um chat que abrisse em tempo real quando o "O+" fosse ao ar, às 20h30. Muitas das perguntas são feitas por pessoas de outros Estados e por brasileiros que moram fora do país. Eu as respondo e reproduzo as melhores no ar. O quadro foi criado pela produção da Band, juntamente com Otaviano e o ex-diretor LP Simonetti.

Você trouxe idéias suas para o quadro?
O chat tem a minha cara. Fiz todos os contatos com provedores de acesso. Eu já integrava a equipe de produção e fazia contatos com convidados. Daí, o diretor apostou em mim à frente das câmeras.

Antes de participar do "O+", que outros trabalhos desenvolveu na TV?
Trabalhei no programa "Juca Kfouri", na CNT/Gazeta, como assistente de produção. Depois, atuei durante quase um ano na produção do "H", com Luciano (Huck), marcando entrevistas e fazendo reportagens. Com a saída do Luciano, Otaviano me ofereceu essa nova atração.

O convite para apresentar o quadro surgiu porque você demonstrou naturalidade diante das câmeras?
Quando me contrataram, há um ano, falei que tinha eventualmente interesse em aparecer no vídeo. Mas tudo por alto, não estava no meu contrato. No final, o convite partiu deles. Eles acharam que seria interessante fazer uma experiência.

No chat, você recebe perguntas bizarras ou cantadas e propostas obscenas?
Desenvolvemos um mecanismo que bloqueia o envio de palavrões e outras bobagens. Na estréia, não tínhamos colocado ainda um filtro de imagens e nos mandaram uma foto pornográfica. Esse tipo de coisa atrapalha o andamento do programa. Quanto às cantadas, dou risadas. Levo na brincadeira.

Fala-se muito em convergência entre TV e Internet, mas poucas atrações de TV usam a rede mundial. Há planos de tornar a Internet mais presente no "O+"?
Tínhamos um quadro chamado "www", que dava dicas de sites. O problema é que é muito chato falar sobre Internet sem mostrar imagens. Agora, fecharam um contrato com um novo provedor que transmitirá o programa pela Internet, a partir do dia 13 de março, quando o "O+" reestréia. Queremos ainda colocar partes do chat no ar.

O que você fazia antes da TV?
Sou formada em sociologia, pela Georgetown University, dos EUA, país em que morei durante nove anos. Pouco antes de voltar para o Brasil, fiz um estágio na Band, na França, durante a Copa do Mundo de 98. Apaixonei-me por TV. Meu pai (o jornalista Paulo Henrique Amorim) trabalha em televisão e sempre participei da vida profissional dele.

Um programa jornalístico, como o "Conversa Fiada" (seg., às 21h40, na Cultura), de seu pai, também está nos planos?
Jornalístico não. Meu perfil tem mais a ver com entretenimento. Além disso, é chato ficar sempre sendo comparada. Engraçado que meu programa acabou caindo no mesmo horário que o dele.
Isso rendeu desentendimentos?
Não (risos). Felizmente atuamos em áreas bem diferentes. (BRUNO GARCEZ)


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