São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2000


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Stones fazem autoparódia involuntária

BRUNO GARCEZ

A tela gigantesca posicionada ao fundo do palco não deixa dúvidas. Mick Jagger se parece cada dia mais com uma uva passa.
Também pudera: os supercloses a que o vocalista dos Rolling Stones é submetido no novo clipe da banda, "Memory Motel", não contribuem, mas Jagger não se dá o devido respeito, trajando uma camisetinha colante e transparente que parece tomada emprestada do pagodeiro Vavá, do Karametade. No clipe, gravado ao vivo, a banda acaba fazendo uma auto-ironia involuntária.
O refrão da canção fala de alguém que "é só uma memória, mas que costumava significar tanto para mim". Soa como se tivesse sido composta para Jagger por Keith Richards, esse sim envelhecendo com a devida dignidade. Guitarra em punho, Richards sacoleja o corpo o tempo todo, se mexe no palco sem parar e, mesmo usando cafonérrimas blusas imitando a pele de um tigre, é sempre elegante.
Quando entra em cena o roqueiro mauricinho Dave Mathews, fazendo um dueto com Jagger, parece que tudo está perdido. Salvam-se Richards e o sempre contido baterista Charlie Watts. Pena que tão bela canção não tenha sido acompanhada por belas imagens.


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