|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Príncipe busca verba para estrada
ROGER MARZOCHI
da Folha Vale
Com a falta de investimento do
governo do Rio em um trecho de 6
km dos 18 km que faltam para a finalização da estrada-parque Parati-Cunha, no Vale do Paraíba, o
príncipe dom João de Orleans e
Bragança se interessou pelo projeto e está buscando ajuda da iniciativa privada para viabilizá-lo.
O projeto da estrada foi desenvolvido pela Unitau (Universidade
de Taubaté), em conjunto com a
ONG Pró-Bocaina.
Será a primeira estrada-parque
do país. A via vai atravessar o Parque Estadual da Serra da Bocaina.
O Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) aprovou o
projeto da estrada.
O Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais) instalou uma
PCD (Plataforma de Coleta de Dados) em Cunha com o objetivo de
monitorar as condições climáticas
da serra. Além disso, utilizará também imagens de satélite para evitar
a devastação da mata.
Bragança estimou que são necessários R$ 3 milhões para finalizar a
obra.
O príncipe resolveu buscar dinheiro para a obra por motivos
históricos e econômicos.
"Havia na serra a estrada do Ouro, de 350 anos, que ligava Parati a
Minas Gerais. Em Parati, há um
grupo cada vez maior de comerciantes que estão apoiando o projeto para haver um desenvolvimento sustentado do município."
Segundo o príncipe, a cidade de
Parati foi preservada devido à dificuldade de acesso.
"O isolamento preservou os bairros históricos. Já que o desenvolvimento é inevitável, o melhor é incentivar um desenvolvimento ordenado. Além disso, o turismo na
região está voltado apenas para o
mar."
Segundo o príncipe, existem 27
milhões de pessoas no eixo São
Paulo-Vale-Rio de Janeiro. Esse
número definiria, segundo ele, a
potencialidade de novos negócios
na região.
"Cada US$ 30 mil investidos em
turismo geram um posto de trabalho. Na indústria, são necessários
investimentos de US$ 400 mil para
gerar apenas um posto. É isso que
o governo e a iniciativa privada estão procurando: investir pouco e
gerar mais empregos."
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|