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UFSCar desenvolve ímã para problema ocular
DA REDAÇÃO
O grupo de Supercondutividade e Magnetismo do Departamento de Física da UFSCar desenvolve pesquisas na área de
equipamentos ópticos, considerada como um dos setores de alta
tecnologia pela Fundação Seade
(Sistema Estadual de Análise de
Dados Estatísticos).
O grupo faz parte do novo Centro Multidisciplinar de Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos,
coordenado pelo professor Elson
Longo da Silva. O centro é um dos
Cepids (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) que passa a receber financiamento da Fapesp.
O grupo de supercondutividade, com a coordenação do professor Wilson Aires Ortiz, 47, tem se
dedicado há cerca de um ano a
desenvolver um equipamento
com ímãs e sensores para corrigir
o nistagmo ocular.
O nistagmo é o movimento rápido e involuntário de globo ocular que pode ser em sentidos diferentes. "A pessoa que sofre desse
problema tem um visão oscilante,
chacoalhada. É um batimento
muscular que não se tem controle
cerebral", explica Ortiz.
A idéia do grupo, explica o professor, é implantar um ímã no
globo ocular de cada olho, com
um sistema de sensores. Segundo
o professor, na parte externa,
"uma parafernália (minúscula) é
acoplada a um óculos". Daí em
diante, os equipamentos se responsabilizariam para promover a
"comunicação" entre os globos
oculares. O olho são induziria os
movimentos do olho com nistagmo, corrigindo o problema.
O equipamento deve levar alguns anos para chegar ao mercado. Mas o professor acredita que
deverá custar até R$ 300.
"É gratificante saber que essa
experiência vai ajudar a resolver
um problema que não é apenas
estético, mas um grande incômodo." Segundo Ortiz, mais do que
ímãs, sensores e equipamentos de
ponta, o que possibilitou a descoberta foi o trabalho em conjunto
de profissionais de disciplinas diferentes, a união de experiências.
"O problema foi levantado por
um professor meu amigo da USP
de Ribeirão",diz. É nesse sentido,
segundo Ortiz, que seu grupo participa de um dos novos Cepids.
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