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Embora a fundação oficial de São José dos Campos tenha sido no dia 27 de julho de 1767, a história da cidade começou em 1563, quando surgiu o primeiro núcleo indígena dos guaianazes, denominado Aldeia de São José do Rio Comprido, localizado às margens do rio Comprido.
O padre José de Anchieta chegou às terras joseenses atrás de índios que haviam fugido de São Paulo de Piratininga (atual cidade de São Paulo), onde havia conflitos com os portugueses.
Anos mais tarde, Anchieta dividiu a aldeia em "missões" -pequenos aldeamentos-, em que os padres jesuítas davam aos índios ensinamentos religiosos e agrícolas e atividades artísticas, como tecelagem e pintura.
Em 1643, os jesuítas obtiveram, em nome dos índios, uma sesmaria -lote de terra abandonado que os reis de Portugal cediam às pessoas que se dispunham a cultivá-lo-, formando o aldeamento São José do Paraíba, localizado na região do Banhado.
Com a mudança de local da aldeia, começaram as construções. A primeira obra foi a casa dos padres, construída onde hoje se encontra a praça João Pessoa.
Logo em seguida, foram construídas cabanas para os índios, onde hoje é a avenida São José. Mais tarde, os jesuítas construíram um convento e a igreja matriz, que eram ligados por uma galeria subterrânea.
Até 1692, a Aldeia de São José foi se desenvolvendo lentamente. Em setembro de 1759, uma lei extinguiu a Companhia de Jesus, organização religiosa fundada por Anchieta, e cerca de 500 religiosos foram expulsos do Brasil.
Na época, havia na aldeia 94 moradias, 205 mulheres e 150 homens. Com a expulsão dos jesuítas, a aldeia foi entregue à administração do capitão-mor de Jacareí, José de Araújo Coimbra.
Em 4 de julho de 1767, foi assinado pelo então governador de São Paulo, dom Luiz Antônio de Souza Botelho, a primeira ordem para a elevação da Aldeia de São José à condição de vila.
No dia 20, foi lavrado o edital sobre a ordem e, no dia 27, surgia a Vila de São José do Parahyba.


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