São José dos Campos, Sexta-feira, 27 de Julho de 2001

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SÃO JOSÉ, 234 ANOS
No período, se instalaram na cidade, entre outras, a General Motors, a Ericsson e a Johnson & Johnson
Anos 50 e 60 trazem as multinacionais

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O final da década de 50 e o início dos anos 60 em São José dos Campos foram marcados pela vinda de grandes empresas, como a montadora de automóveis GM (General Motors) e a indústria de produtos bélicos Avibras.
Os precursores das grandes multinacionais na cidade foram a Johnson & Johnson, que chegou em 1952, a Ericsson, que se instalou em 1955, e a Eaton, que chegou na cidade em 1957.
A vinda da GM, no entanto, colocou a cidade no bloco das regiões industrializadas do país. A unidade foi inaugurada em 1958 e é a segunda filial mais antiga da multinacional, que se instalou no país em 1925.
Em 1998, quando as demissões no setor metalúrgico de São José dos Campos atingiram 1.998 trabalhadores, a GM lançou um plano de demissões voluntárias, depois de demitir 274 operários com contrato temporário.
A empresa, que contava com 11 mil trabalhadores, recebeu 1.524 adesões ao plano, na maior ocorrência de demissões em massa registrada na cidade.
Atualmente, a unidade de São José conta com cerca de 8.000 funcionários, o que faz dela a segunda maior empregadora da cidade, perdendo apenas para a Embraer, que emprega cerca de 13 mil trabalhadores.
A unidade produz os veículos da linha Corsa e Blazer, os utilitários S-10 e Silverado, os caminhões GMC e motores e peças fundidas em aço.

Prejuízo
A Avibras foi criada em 1961, por um grupo de engenheiros formados pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e se tornou um símbolo da indústria bélica na região.
Na década de 70, a empresa chegou a faturar cerca de US$ 1 bilhão com a exportação do Sistema Astros 2 (sigla, em inglês, para Sistema de Foguete de Artilharia para Saturação da Área).
Durante a década de 80, a Avibras foi o principal pólo do setor bélico no Brasil. Em 1987, ficou em primeiro lugar entre as empresas privadas nacionais no quadro das exportações brasileiras, de acordo com a Cacex.
Atualmente, o grupo Avibras vive a sua pior crise. Em maio, foi divulgado o balanço das empresas bélicas que compõem o grupo, que apontou um prejuízo de R$ 24,7 milhões em 2.000, divididos pela Powertronics (R$ 427,7 mil), Avibras Fibras Óticas e Telecomunicações (R$ 1,4 milhão), Avibras Divisão Aérea e Naval (R$ 47,2 mil) e Avibras Indústria Aeroespacial (R$ 22,8 milhões).
No total, o grupo acumula R$ 199,1 milhões de prejuízo -a maioria, R$ 152,7 milhões, da Avibras Indústria Aeroespacial.


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