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Cuidado com a chuva

Água na pista eleva risco de acidente em 30%; bom estado de pneus reduz perigo

DE SÃO PAULO

O verão já chegou, e com ele as chuvas tropicais. O risco de acidentes aumenta 30% nesta época, de acordo com a Policia Rodoviária Federal.

"O motorista precisa redobrar a atenção, porque as condições na chuva são perigosas e traiçoeiras. A primeira regra é tirar o pé do acelerador", ensina César Augusto Urnhani, instrutor de pilotagem do BMW Driver Training.

Além de reduzir a velocidade, as recomendações básicas incluem aumentar a distância do carro à frente e ligar farol e limpador de para-brisa.

"É importante que a manutenção de itens como palhetas do limpador e lâmpadas estejam em dia", orienta o engenheiro Denis Marum, da oficina Chevy Auto Center.

Para Flávio Santana, gerente de produto da Michelin, o carro precisa ter bons pneus -e na pressão correta.

"Os sulcos na banda de rodagem são fundamentais para o bom escoamento da água. Quanto maior for a profundidade dos sulcos, maior será a capacidade de conservar a aderência em pista molhada", explica.

A pressão deve seguir o recomendado pelo fabricante. "Se for muito baixa, a capacidade de escoamento será reduzida", adverte.

Uma dica é olhar o rastro de água pelo retrovisor: faixas grossas e longas sinalizam bom escoamento. "Se as marcas são estreitas e somem rápido, o carro pode estar próximo de uma aquaplanagem", alerta Santana.

A aquaplanagem ocorre quando o pneu perde contato com o solo devido à quantidade de água na pista e fica sem aderência. "Nessa condição, o carro não obedece aos comandos do motorista", afirma Dora Stell, instrutora do Adac, instituto alemão de técnicas de direção.

"Nesse caso, nunca freie bruscamente", indica. O certo é desacelerar e deixar a gravidade recolocar o veículo em contato com o asfalto.

ENCHENTE

E se a chuva virar enchente? "A melhor opção é parar e esperar a água baixar. É um caso que não depende da habilidade do condutor, mas da mecânica do carro", diz Stell.

Para quem se arrisca, a recomendação é não trocar de marcha para evitar que a água invada o motor.

Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), todos os planos básicos de seguro devem cobrir danos por submersão total ou parcial em água doce.

A indenização é igual à de uma colisão. Se os danos superarem 70% do valor do veí-culo, será considerada a perda total.

(RICARDO RIBEIRO)

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