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Engenheiro acumula carros por não ter coragem de vendê-los

DE SÃO PAULO

Se Fábio Pagotto resolvesse largar a profissão de engenheiro poderia abrir uma concessionária -ou um museu.

Ele mantém todos os carros que marcaram seus 48 anos de idade. Com a garagem de casa lotada, o novo Fiat Uno da mulher acaba dormindo ao relento.

"Cheguei a vender meu Dodge Dart 1979. Me arrependi profundamente e o recomprei cerca de seis meses depois. Foi o primeiro automóvel que adquiri com meus próprios recursos, quando ainda era moço."

Mas seu xodó é a Volkswagen Kombi Camping 1960, adquirida pela família antes mesmo dele nascer.

"Tenho certeza de que fui concebido nela", brinca Pagotto, que não deixou o pai se desfazer da perua cinquentona, hoje uma relíquia.

O Dodge Le Baron 1980 o faz lembrar da época da escola, dos velhos amigos. Enquanto o Ford Del Rey Ghia 1988, tirado zero, marcou o namoro com a mulher.

O casal tem um filho. E adivinha a quem ele puxou?

"O garoto adora passear no Renault Twingo 1994, que fiquei por ser o único no Brasil importado com o teto escamoteável. O menino diz que o carro será dele e não deixa vendê-lo", diz orgulhoso o engenheiro, que também já passou por situações constrangedoras por conta da mania de andar de carro antigo.

"No meio de uma festa junina, lembrei que haveria o teste da nova linha de esportivos da Mercedes. Atrasado, acabei seguindo de Lada Laika Wagon [1991] mesmo. Tinha até tapete vermelho na porta do evento. O engraçado foi a cara de espanto do manobrista ao se deparar com aquela geringonça russa entre tantos carrões", relembra.

O engenheiro possui também um Ford Focus 2012. Mas, apesar de vistoso, o hatch novinho em folha ainda não tem uma boa história para contar.

(FN)

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