Amarok é a que mais se parece com um automóvel de passeio

Não se deixe enganar pelo desenho da Amarok, bem menos "rococó" que o das rivais Ranger e S10. Por baixo daqueles ângulos retos está a picape que mais se aproxima de um automóvel de passeio.

A começar pela regulagem de altura e profundidade da coluna de direção. Nas outras, o volante apenas sobe ou desce. Para completar, a versão testada (Highline) traz, de série, um sistema multimídia fácil de operar, com tela sensível ao toque.

O conjunto de transmissão da versão automática (com direito a câmbio de oito velocidades) é similar ao usado em jipões de luxo.

Não é o motorista que seleciona o tipo de tração, mas, sim, a eletrônica. A força é distribuída de acordo com a necessidade. Por exemplo: se uma roda patina na lama, o sistema detecta o problema e transfere o torque para o eixo com maior aderência.

É difícil acreditar que toda essa eletrônica será capaz de tirar a Amarok de terrenos onde as outras picapes 4x4 teriam de usar suas caixas de redução. Contudo, para o uso cotidiano, a solução da VW é melhor, por garantir mais estabilidade e conforto.

A Volks enfatiza a necessidade de uso do diesel S50 (com menor teor de enxofre). A nova geração de motores foi adaptada para isso. As outras marcas deveriam deixar mais clara essa recomendação, para prolongar a vida útil de seus veículos e poluir menos.

Por fim, a Amarok é a picape tecnicamente mais refinada. A VW foi capaz de extrair 180 cv de um motor 2.0 turbodiesel. Ela só não assume a liderança isolada porque a Ranger chegou.