Suspensão precisa de manutenção preventiva

Desconhecido por muitos motoristas, o conjunto de suspensão é responsável por manter a estabilidade do veículo e garantir o conforto a bordo, absorvendo os impactos causados pelas imperfeições do piso. A falta de manutenção compromete o funcionamento e pode levar a acidentes graves.

"O ideal é que seja feito o alinhamento e o balanceamento das rodas a cada 10 mil quilômetros. Nessa ocasião, o motorista deve checar o sistema", recomenda Edson Orikassa, diretor-executivo da AEA (Associação de Engenharia Automotiva).

O desgaste varia de acordo com o modelo e as condições de uso. O estado das ruas e das estradas interfere.

"No Brasil, problemas na suspensão surgem, em média, após 30 mil quilômetros. Na Europa, podemos multiplicar isso por dez", diz Edson.

O sistema de suspensão é composto basicamente por molas, amortecedores, bandejas e coxins. Uma barra estabilizadora também pode fazer parte do conjunto.

Compacto, eficiente e de baixo custo, o sistema tipo McPherson domina o mercado de suspensão dianteira. Na traseira, o Multilink oferece mais conforto que a barra de torção, mas suas peças têm maior sensibilidade (veja no quadro ao lado).

SINAIS DE PROBLEMA

Falta de aderência em curvas e vibrações no volante são indícios de fadiga do sistema.

"Desgaste excessivo dos pneus também é sinal de que algum componente da suspensão pode estar com problema", alerta o consultor técnico César Samos.

Os amortecedores devem ser substituídos se estiverem trincados ou amassados. A suspensão também deve ser reparada quando o carro apresenta altura desigual em relação ao solo.

O ideal é fazer a troca dos componentes aos pares (por eixo) e com peças da mesma marca. Um jogo de amortecedores para um carro popular parte de R$ 400. Um sistema completo de suspensão para um sedã médio, incluindo braços e bandejas, pode passar de R$ 2.000.