Mini Roadster é só para fãs de conversíveis

O Mini Cooper é um catalisador de sorrisos. Até o mais mal-humorado dos motoristas se rende ao design retrô do compacto inglês, que hoje é produzido sob os cuidados da alemã BMW. "É o fusquinha da Inglaterra", disse à reportagem um frentista que conhecia a história do carro.

A versão Roadster traz as virtudes da família, mas essa configuração não é muito indicada para o Brasil.

"Roadster" é a denominação dada aos conversíveis de dois lugares. No caso do Mini, significa vento no rosto e muitos olhares.

Há um prazer implícito em automóveis pequenos de motor forte -sobram cavalos para o pouco peso. Baixo e bem acertado, o Mini cola no chão.

A capota de lona é sinônimo de isolamento acústico deficiente. O carro chacoalha bastante ao passar por pisos irregulares, e o motorista tem de conviver com os rangidos provenientes dos encaixes do teto. É preciso gostar muito de conversíveis para encarar essa situação.

ALAVANCAS

O recolhimento manual da capota tem seu charme, mas não é nada prático. Em tempos de concorrentes com acionamento elétrico, ninguém quer puxar alavancas e dobrar o teto com as mãos. Quase sempre é preciso sair do carro para fazer isso.

Há pouco espaço a bordo, mas a construção inteligente da carroceria privilegiou o porta-malas, que tem 240 litros de capacidade.

O Roadster 1.6 mais em conta sai por R$ 132.950 e tem 122 cv. A versão que passou pelo teste Folha-Mauá (Cooper S) tem o mesmo motor, mas com turbo e injeção direta de gasolina. A potência chega a 184 cv.

Em países tropicais, a abundância de chuvas e o sol forte permitem raros momentos de prazer com a capota aberta. Portanto, o Mini Roadster rodará a maior parte do tempo com o teto fechado, mas, mesmo assim, continuará chamando a atenção.