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Luz no fim da estrada
Com nova carenagem frontal, R1200GS ganha motor "boxer" de 105 cv, freios ABS, suspensão inteligente e preço de atéR$ 77,9 mil
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
As motos da BMW não são
iguais às outras. De cara, parecem grandes e pesadas demais
para andar na cidade e "beberronas" ao extremo na estrada.
Pura injustiça de quem nunca guiou uma BMW R1200GS.
É verdade, são realmente grandes, mas fáceis de pilotar para
quem tem mais de 1,80 m. Afinal, são feitas na Alemanha.
Quem for mais baixo terá o
alento da regulagem do banco
do piloto -varia de 850 mm a
870 mm do chão. Com espuma
mais densa, ele pode ser retirado e ajustado para quem quer
apoiar toda a planta do pé no
chão. E com toda a razão -são
203 quilos e só duas rodas.
Mais baixo, o piloto também
tem a vantagem de ficar atrás
da bolha frontal, que pode ser
regulada em altura para proteger do vento e, principalmente,
do frio. De novo, ela é alemã.
E nem precisa nevar para
agradecer aos deuses por aqueles centímetros a mais de plástico moldado. Nesse outono
com cara de inverno, a subida
do litoral sul de São Paulo para
a capital já requer proteção.
Estouros
As mãos também estão a salvo. Há proteção para os punhos
e até aquecimento de manopla,
que pode ser regulada em duas
temperaturas. A mais quente,
sabe-se lá a quantos graus Celsius, parece que vai torrar a pobre palma da mão.
Lá, na Imigrantes, é que a
R1200GS mostra por que custa
até R$ 77,9 mil. Há dois discos
na dianteira com ABS (antitravamento) e suspensão regulável para passeios com garupa e
mais três maletas de bagagem.
O equilíbrio dinâmico é incrível, a ponto de ser possível
soltar o guidom e esperar a moto quase parar, sem querer
tombar. De novo, é o dedo da
Alemanha, onde alguns fabricantes ainda acreditam na boa
e velha teoria do senhor Ferdinand Porsche: motor é "boxer",
com cilindros contrapostos.
Isso abaixa o centro de gravidade do carro e aumenta a estabilidade. Na R1200GS, é igual.
Parada, é de se estranhar a
movimentação dos dois cilindros de 1.170 cm3 de cilindrada.
Uma subida de giro até 8.000
rpm faz a moto balançar.
Em movimento, porém, gera
12 kgfm de torque, o que é mais
importante que seus 105 cv.
É suficiente para arrancar e
fazer ultrapassagens rápidas. A
120 km/h, a indicação da sexta
marcha no painel digital é a segurança de baixo ruído do escapamento lateral, que volta e
meia libera um estouro nas reduções fortes. Será que nem a
gasolina "Podium" é igual à da
Alemanha? Que a Petrobras
não leia essa insolência.
A moto foi cedida para teste pela BMW
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