São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Luz no fim da estrada

Com nova carenagem frontal, R1200GS ganha motor "boxer" de 105 cv, freios ABS, suspensão inteligente e preço de atéR$ 77,9 mil

FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL

As motos da BMW não são iguais às outras. De cara, parecem grandes e pesadas demais para andar na cidade e "beberronas" ao extremo na estrada.
Pura injustiça de quem nunca guiou uma BMW R1200GS. É verdade, são realmente grandes, mas fáceis de pilotar para quem tem mais de 1,80 m. Afinal, são feitas na Alemanha.
Quem for mais baixo terá o alento da regulagem do banco do piloto -varia de 850 mm a 870 mm do chão. Com espuma mais densa, ele pode ser retirado e ajustado para quem quer apoiar toda a planta do pé no chão. E com toda a razão -são 203 quilos e só duas rodas.
Mais baixo, o piloto também tem a vantagem de ficar atrás da bolha frontal, que pode ser regulada em altura para proteger do vento e, principalmente, do frio. De novo, ela é alemã.
E nem precisa nevar para agradecer aos deuses por aqueles centímetros a mais de plástico moldado. Nesse outono com cara de inverno, a subida do litoral sul de São Paulo para a capital já requer proteção.

Estouros
As mãos também estão a salvo. Há proteção para os punhos e até aquecimento de manopla, que pode ser regulada em duas temperaturas. A mais quente, sabe-se lá a quantos graus Celsius, parece que vai torrar a pobre palma da mão.
Lá, na Imigrantes, é que a R1200GS mostra por que custa até R$ 77,9 mil. Há dois discos na dianteira com ABS (antitravamento) e suspensão regulável para passeios com garupa e mais três maletas de bagagem.
O equilíbrio dinâmico é incrível, a ponto de ser possível soltar o guidom e esperar a moto quase parar, sem querer tombar. De novo, é o dedo da Alemanha, onde alguns fabricantes ainda acreditam na boa e velha teoria do senhor Ferdinand Porsche: motor é "boxer", com cilindros contrapostos.
Isso abaixa o centro de gravidade do carro e aumenta a estabilidade. Na R1200GS, é igual.
Parada, é de se estranhar a movimentação dos dois cilindros de 1.170 cm3 de cilindrada. Uma subida de giro até 8.000 rpm faz a moto balançar.
Em movimento, porém, gera 12 kgfm de torque, o que é mais importante que seus 105 cv.
É suficiente para arrancar e fazer ultrapassagens rápidas. A 120 km/h, a indicação da sexta marcha no painel digital é a segurança de baixo ruído do escapamento lateral, que volta e meia libera um estouro nas reduções fortes. Será que nem a gasolina "Podium" é igual à da Alemanha? Que a Petrobras não leia essa insolência.


A moto foi cedida para teste pela BMW


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