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Com 420 cv, RS 4 volta aos pilotos urbanos
2ª geração do esportivo se camufla de perua, sedã ou conversível
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A INGOLSTADT (ALEMANHA)
Veloz, ágil, rápida, ligeira. Todos esses adjetivos podem ser
aplicados à família Audi RS 4,
que cresceu e ganhou até versão conversível. E acrescente
mais um: versátil. Afinal, não é
qualquer modelo de 420 cv (cavalos) que oferece um espaço
para carga de até 1.354 litros.
Ainda que visualmente sejam muito parecidos com os A4
convencionais, esses modelos
especiais têm seu segredo no
motor. Com oito cilindros em
"V", ele esbanja força: 90% do
torque, de 43,9 kgfm, está disponível a 2.250 rpm. Um único
cavalo carrega quatro quilos, e a
perua chega aos 100 km/h em
4,9s, de acordo com a fábrica.
A nova geração do carro mais
rápido que já foi testado pela
Folha em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia -em
2001, a RS 4 Avant cravou
4,7s- é equipada com injeção
direta de combustível. Isso
quer dizer que a gasolina chega
às câmaras de combustão 500
vezes por segundo. A configuração do propulsor veio da experiência nas corridas de 24
horas em Le Mans (França).
Mas a RS 4 toda transpira esportividade. Um botão no volante, por exemplo, faz os bancos inflarem e "abraçarem" o
motorista, como ocorre nos
exemplares de competição. Na
composição dos freios, há silício, um material bastante resistente ao atrito e que tem uma
vida útil de 30 mil quilômetros.
A família esportiva é equipada com tração nas quatro rodas
(40% na dianteira e o restante
na traseira). Os mais aventureiros podem desligar o ESP (controle eletrônico de estabilidade) -em duas etapas: na primeira, alguns itens eletrônicos
"sobrevivem". Porém, sob a
chuva, as pastilhas de freio secam os discos para que proporcionem a segurança esperada.
Legado
Os novos RS 4 fazem parte de
uma safra especial de Audi. A
família nasceu em 1994, com a
RS 2, que, com seus 315 cv, teve
2.881 unidades vendidas. Cinco
anos depois, foi a vez da primeira RS 4, produzida por 14 meses
e comprada por 6.000 pessoas.
A primeira versão sedã para
um RS surgiu em 2002, com o
RS 6. Eram 450 cv e a opção de
transmissão automática com
trocas no volante. Agora, junto
com o primeiro conversível, os
Audi voltam a ter só o câmbio
manual, mas o pedal da embreagem está bem mais macio
que na RS 4 anterior.
A nova família será exibida
no Salão de São Paulo, que
ocorre em outubro e dá o pontapé inicial nas vendas brasileiras -não está nos planos da
montadora vender o conversível. Na Alemanha, onde é comercializado desde novembro
de 2005, o sedã custa 69,9 mil
(pouco menos de R$ 200 mil).
A produção dos novos RS 4
deve ficar entre 12 mil e 15 mil
unidades, dependendo da demanda. Apesar da "popularização", um carro para poucos.
JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da
Audi Brasil Distribuidora de Veículos; o carro foi
cedido para avaliação pela montadora
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