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Cupês de quatro portas invadem Paris
Segmento criado pela Mercedes ganha 2ª geração do CLS e um conceito da BMW que tem, por ora, "só" 2 portas
Audi gostou e fez igual. Ou quase. O A7 é um pouco mais comportado e leva até cinco pessoas, mas não passa de 300 cv
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Com ou sem crise, o salão
de automóveis mais antigo
do mundo -o primeiro ocorreu em 1898- ainda cativa
por esportivos, luxuosos e
por um tal segmento chamado de "cupê de quatro portas". A Mercedes inventou o
conceito com o primeiro CLS
e, seis anos depois, prova
que a receita foi um sucesso.
A segunda geração do CLS
vê rivais copiarem seu estilo
de sedã grande com linhas
laterais arqueadas de cupê.
Completam o pacote do
CLS os ombros "musculosos", os vincos pronunciados
e a linha de cintura bem alta.
Ganha-se no design, perde-se na praticidade. Entrar
no CLS já era tarefa difícil.
Agora, o teto está mais baixo,
o que dificulta o acesso principalmente para os dois passageiros do banco traseiro.
A Audi gostou e fez igual.
Ou quase. O A7 Sportback é
um pouco mais comportado.
Leva cinco pessoas (e não
quatro) sobre a enorme plataforma do novo A8.
Sob o capô, quanta diferença. O A7 usa apenas blocos V6 de no máximo 300 cv,
caso do 3.0 com compressor
e injeção direta.
Também FSI é o novo Passat. A VW o classifica como
sétima geração, mas no fundo houve apenas uma adaptação da plataforma atual conhecida no Brasil.
PALAVRA MÁGICA
Por fora, ele está cada vez
mais sisudo. Parece feito para a classe abastada da China. Essa é a palavra mágica
para o grupo Volkswagen.
O país será decisivo para
levar o grupo à liderança
mundial até 2018, segundo o
presidente global Martin
Winterkorn. Fala-se em 10
milhões de carros por ano.
A BMW é mais modesta e
quer apenas manter a liderança no segmento de luxo.
O novo Série 6 ainda é um
protótipo -porque a BMW
quer. O carro está absolutamente pronto para ser lançado e para concorrer com o
CLS e o A7 Sportback, ainda
que traga "só" duas portas.
Ao apresentar o Série 6,
Ian Robertson, diretor de
vendas e marketing da BMW,
lembrou do célebre cupê de
1971, o 3.0 CSL.
Quase 40 anos depois, a
enorme base da coluna "C",
no estilo musculoso desenhado por Wilhelm Hofmeister, ainda é chamada pelos
alemães de "Hofmeister
kink". Para muitos, é também o que separa um verdadeiro cupê de um (fajuto)
"cupê de quatro portas".
(FABIANO SEVERO)
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