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Mobilidade faz Paris encolher atrações
Renault apresenta no salão a "moto de quatro rodas" e Mini, uma scooter elétrica cujo painel é um iPhone
Novidades chegam à Europa a partir de 2011, mas preços não são tão diminutos quanto o tamanho dos veículos
DO ENVIADO ESPECIAL
No Salão de Paris, parece
que nem todos estão satisfeitos com seus tamanhos e pesos. Carro médio quer ficar
pequeno. E o pequeno quer
ficar ainda menor.
Há explicações: melhorar
a mobilidade urbana e reduzir as emissões de poluentes.
Alguns países da Europa taxam o carro de acordo com as
emissões, em especial, de
CO2 (gás carbônico), um dos
causadores do efeito estufa.
Além disso, há um eterno
impasse: os motociclistas
querem um veículo mais seguro e confortável no dia a
dia, e os motoristas querem
um veículo mais ágil e fácil
de estacionar na cidade.
Para a Renault, uma das
soluções é o chamado "quadriciclo leve elétrico" -há teto, para-brisa (com limpador) e cinto de segurança.
Por lei, na Comunidade
Europeia, se o veículo for um
"quadriciclo com peso máximo de 350 kg, tiver motor de
até 5,6 cv e velocidade máxima de 45 km/h", nem é exigida carteira de habilitação.
"Um adolescente pode
guiar e estará mais seguro do
que em uma scooter", opina
Matthieu Tenenbaum, diretor do programa de veículos
elétricos da Renault.
O Twizy leva duas pessoas, uma na frente da outra.
Há volante e pedais, como
em um carro. A diferença é
que, ligado, o veículo não
emite poluentes.
Sob a carroceria vazada,
existe uma bateria com energia para 100 km. "As pessoas
rodam, em média, 45 km por
dia. Mesmo quem mora em
cidades-satélite", diz Tenenbaum. A recarga leva três horas em tomada comum.
Como todo carro elétrico, o
Twizy será caro. Custará cerca de 7.000, o mesmo que
uma scooter Piaggio MP3 300
de três rodas.
A Peugeot pretende melhorar a mobilidade com o
HR1. O carrinho urbano é um
protótipo híbrido diesel
-alia um motor tricilíndrico
1.2 a outro elétrico.
Juntos, eles geram ótimos
147 cv e podem extrapolar as
fronteiras da cidade, diferentemente do pequeno Twizy.
O HR1 ainda tem um sistema de reconhecimento de
gestos para acionar som e
GPS. Coisa de protótipo que
dificilmente se torna "real".
Dentro, há espaço para
quatro pessoas em 3,69 m.
Para um Peugeot, pode-se dizer que é bem pequeno.
SCOOTER
Já o Mini tem o mesmo
comprimento. O carro, porque agora a marca apresenta
também uma scooter.
Interessante é que ela também prega um certo conceito
de conectividade. O painel é
um iPhone encaixado na horizontal, com iPod e GPS, para usar com os fones adaptáveis ao capacete. Ao estacionar, é só retirar o celular do
painel e usá-lo normalmente.
A smart também entrou na
onda. Como se não bastassem os minguados 2,69 m de
comprimento do fortwo (chega à segunda geração em Paris), os projetistas deram vida
a uma scooter bem retrô.
A smart chamou o conceito apenas de e-scooter, mas
já o apelidaram de "forone".
Afinal, só leva uma pessoa ao
longo de 96 km (carga da bateria). A contar pela média
diária, dá para rodar mais de
dois dias sem reabastecer.
(FABIANO SEVERO)
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