São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Mobilidade faz Paris encolher atrações

Renault apresenta no salão a "moto de quatro rodas" e Mini, uma scooter elétrica cujo painel é um iPhone

Novidades chegam à Europa a partir de 2011, mas preços não são tão diminutos quanto o tamanho dos veículos

DO ENVIADO ESPECIAL

No Salão de Paris, parece que nem todos estão satisfeitos com seus tamanhos e pesos. Carro médio quer ficar pequeno. E o pequeno quer ficar ainda menor.
Há explicações: melhorar a mobilidade urbana e reduzir as emissões de poluentes. Alguns países da Europa taxam o carro de acordo com as emissões, em especial, de CO2 (gás carbônico), um dos causadores do efeito estufa.
Além disso, há um eterno impasse: os motociclistas querem um veículo mais seguro e confortável no dia a dia, e os motoristas querem um veículo mais ágil e fácil de estacionar na cidade.
Para a Renault, uma das soluções é o chamado "quadriciclo leve elétrico" -há teto, para-brisa (com limpador) e cinto de segurança.
Por lei, na Comunidade Europeia, se o veículo for um "quadriciclo com peso máximo de 350 kg, tiver motor de até 5,6 cv e velocidade máxima de 45 km/h", nem é exigida carteira de habilitação.
"Um adolescente pode guiar e estará mais seguro do que em uma scooter", opina Matthieu Tenenbaum, diretor do programa de veículos elétricos da Renault.
O Twizy leva duas pessoas, uma na frente da outra. Há volante e pedais, como em um carro. A diferença é que, ligado, o veículo não emite poluentes.
Sob a carroceria vazada, existe uma bateria com energia para 100 km. "As pessoas rodam, em média, 45 km por dia. Mesmo quem mora em cidades-satélite", diz Tenenbaum. A recarga leva três horas em tomada comum.
Como todo carro elétrico, o Twizy será caro. Custará cerca de 7.000, o mesmo que uma scooter Piaggio MP3 300 de três rodas.
A Peugeot pretende melhorar a mobilidade com o HR1. O carrinho urbano é um protótipo híbrido diesel -alia um motor tricilíndrico 1.2 a outro elétrico.
Juntos, eles geram ótimos 147 cv e podem extrapolar as fronteiras da cidade, diferentemente do pequeno Twizy.
O HR1 ainda tem um sistema de reconhecimento de gestos para acionar som e GPS. Coisa de protótipo que dificilmente se torna "real".
Dentro, há espaço para quatro pessoas em 3,69 m. Para um Peugeot, pode-se dizer que é bem pequeno.

SCOOTER
Já o Mini tem o mesmo comprimento. O carro, porque agora a marca apresenta também uma scooter.
Interessante é que ela também prega um certo conceito de conectividade. O painel é um iPhone encaixado na horizontal, com iPod e GPS, para usar com os fones adaptáveis ao capacete. Ao estacionar, é só retirar o celular do painel e usá-lo normalmente.
A smart também entrou na onda. Como se não bastassem os minguados 2,69 m de comprimento do fortwo (chega à segunda geração em Paris), os projetistas deram vida a uma scooter bem retrô.
A smart chamou o conceito apenas de e-scooter, mas já o apelidaram de "forone". Afinal, só leva uma pessoa ao longo de 96 km (carga da bateria). A contar pela média diária, dá para rodar mais de dois dias sem reabastecer. (FABIANO SEVERO)


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