Perua da VW ganha motor turbinado de 200 cv, mas deve acertos na suspensão para "segurá-la" em curvas

DA REPORTAGEM LOCAL

Faz tempo que a linha Passat tenta abandonar a Volkswagen e ficar próxima à Audi, que pertence ao mesmo grupo. A cada geração -está na sexta-, o carro se parece mais com um veículo "premium", mas ainda carece de detalhes que constroem o DNA de um carro de luxo.
O motor 2.0, agora com a opção da turboalimentação e 200 cv (cavalos) -50 cv a mais que a versão aspirada-, é o que há de melhor neste Volks. A injeção direta de combustível, feita por quatro bicos injetores nos cilindros, permite melhor desempenho. Os números do teste Folha-Mauá provam que a tecnologia não é só marketing.
Na arrancada de 0 a 100 km/h, a Variant levou 9,03s, cerca de 3s mais rápida que a versão aspirada. Mas, para um carro de 1.518 kg, ter 50 cv a mais de potência não diz tudo.
A boa vantagem continua na retomada de 80 km/h a 120 km/h. A versão turbo gastou 8,28s, enquanto a "irmã" cumpriu a mesma prova em 10,02s.
Como a diferença de peso entre as duas versões não chega a 50 kg, as frenagens foram praticamente iguais. Vindo a 80 km/h, a nova perua precisou de 37,2 m para parar, apenas 30 cm a menos que a aspirada.
O requinte de Audi não está só no motor. Há bancos de couro com aquecimento e regulagens elétricas, freio de mão por botão e borboletas atrás do volante para a troca das seis marchas. Também estão lá as lanternas redondas com LEDs e os faróis de xenônio com luzes auxiliares para curvas fechadas.
E o preço é um diferencial da Variant Turbo. São R$ 157.980 -a aspirada custa R$ 122.730- e opcionais como teto solar elétrico e sistema de som digital com toca-CDs e MP3, que somam R$ 17 mil. Com preço perto do da Turbo, só a Peugeot 407 SW V6 (211 cv), de R$ 147.539. (FABIANO SEVERO)