São Paulo, domingo, 05 de setembro de 2010

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Carros elétricos e híbridos serão taxados como "flex"

Incentivo considera novo programa de etiquetagem, que informará ainda índice de emissões de poluentes

A chegada de híbridos, como o Mercedes S400, fará governo rever tributos; Fusion Hybrid virá em outubro

DO ENVIADO A DEARBORN (EUA)
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A partir de novembro, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular entrará em sua terceira fase. A novidade será a inclusão de dados de emissões de poluentes no selo de eficiência energética, lançado em 2008.
Além de facilitar a consulta pelo carro "verde", a nova etiqueta -semelhante à de geladeiras- servirá de base para que o governo conceda benefícios fiscais aos carros.
Os primeiros são os híbridos e elétricos, considerados "limpos" e que pagam hoje 25% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O Ministério da Fazenda planeja taxá-los como os "flex" -7% para motores de até um litro, 11% para os de um e dois litros e 18% para os que possuem mais de dois litros de capacidade cúbica.
A Ford torce para que isso ocorra até outubro, quando apresentará o Fusion Hybrid no Salão de São Paulo.
O sedã é equipado com um motor 2.5 a gasolina (158 cv) e um outro elétrico (36 cv), que ajuda a poupar combustível.
Num rápido test-drive nos EUA, o painel do carro chegou a registrar 60 mpg -quase 25 km/l. Mas basta uma arrancada forte para o consumo subir para 6 km/l.

MERCEDES S400
Foi a Mercedes, no entanto, em maio, quem inaugurou o segmento. Até agosto, o S400 Hybrid (R$ 456 mil) já emplacou 20 unidades, ante 13 da versão "normal".
O S400, porém, não é um híbrido completo, capaz de rodar apenas com eletricidade. Entre o propulsor 3.5 V6 e o câmbio há um motor elétrico de 20 cv, que faz as vezes de alternador -são 299 cv.
A bateria de íons de lítio é recarregada também nas frenagens, e o Start&Stop desliga o motor nos sinais, reduzindo consumo e emissões.
O S400 atinge 100 km/h em 8s e roda até 13 km/l, aponta o teste Folha-Mauá.
Um consumo excelente, ainda mais para um sedã de luxo de duas toneladas.
O funcionamento dos sistemas aparece no computador de bordo. O motor é tão silencioso que o painel é a única maneira de saber se o propulsor está trabalhando.
A Toyota espera os incentivos para importar o novo Prius, o híbrido completo mais vendido do mundo.
Os engenheiros do Brasil também tentam convencer a matriz no Japão a desenvolver um Prius "flex". (FELIPE NÓBREGA e RICARDO RIBEIRO)


Viagem feita a convite da Ford, que cedeu o Fusion Hybrid para avaliação; a Mercedes cedeu o S400 Hybrid para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092


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