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PARIS ELÉTRICA
Esportivos e conversíveis roubam a cena
Lamborghini mostra "sedã de quatro portas" com 560 cv, e Bugatti, Veyron sem capota que atinge 360 km/h
José Augusto Amorim/Folha Imagem
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Ainda um protótipo, o Lamborghini Estoque traz motor dianteiro |
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Por mais que o mercado automobilístico mundial esteja
em crise -e o Salão de Paris
deste ano deve ser o primeiro a
ver vendas em queda desde
2001-, há uma categoria que
parece imune a qualquer vendaval, mesmo os provocados
pelo aquecimento global. Os esportivos sempre brilham.
Com um nome que sugere
seu lançamento no Salão de Los
Angeles, a Ferrari trouxe a Paris o California, seu primeiro
conversível com teto rígido. Assim, em 13 segundos, ele pode
virar um cupê. Inspirado no
250 California, de 1957, é equipado com um inédito motor V8
(oito cilindros em "V") com injeção direta de gasolina e, herdados da F-1, transmissão e
controle de tração.
A melhor notícia para os fãs
de velocidade, no entanto, é
que cada um dos 460 cv (cavalos) só precisa carregar 3,5 kg.
Ela chega a 100 km/h em 3,9s.
Outro modelo que perdeu o
teto foi o Bugatti Veyron, que se
gaba de ser o carro de série mais
potente do mundo (1.001 cv).
Feito a mão numa produção semanal de duas unidades e com
preço de 1,4 milhão (R$ 3,9
milhões), o Veyron passou por
um "face-lift" para ficar "sério", nas palavras da Bugatti.
Sua velocidade máxima continua em 407 km/h -com teto
aberto, é limitada a 360 km/h.
Tourada
A Bentley, outra marca do
grupo Volkswagen, não se contentou com os 560 cv que oferecia e aumentou a potência dos
seus 12 cilindros para 610 cv. A
versão Speed chega a
322 km/h, 10 km/h a mais.
Superlativo também é seu
sistema de som, criado pela britânica Naim. Ele oferece um
amplificador de 1.100 W, o mais
potente já colocado dentro de
um carro, diz a Bentley. Conectar o iPod, por outro lado, é um
opcional, compreensível para
um veículo desses.
Mas quem mais chamou a
atenção no estande da Volkswagen foi a Lamborghini. O
conceito Estoque antecipa as linhas de seu esportivo de quatro
portas, a sensação do segmento. Batizado com o nome da espada que mata os touros na Espanha, ele foi criado para ser
usado no dia-a-dia, mesmo tendo só 1,35 m de altura e 560 cv
vindos da dianteira -no Gallardo e no Murciélago, o motor é
central. Há quatro assentos individuais e rodas de 22".
Para acompanhar faróis e
lanternas agora com LEDs,
além de uma grade com elementos verticais, o Maserati
Quattroporte ganhou 30 cv. O
modelo passa a ser equipado
com um motor 4.2 V8 de 400 cv
ou um 4.7, também com oito cilindros, de 430 cv.
A Maserati já vendeu, em todo o mundo, 15 mil Quattroporte desde 2003 -no Brasil, ele
custa R$ 750 mil. Feliz da vida
por ter crescido 40% nas vendas de janeiro a agosto, a italiana vê nos EUA seu maior mercado. Alguém falou em crise aí?
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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