DA REDAÇÃO

A Volkswagen está numa encruzilhada. Na quarta-feira, os Ministérios da Justiça, Público Federal e Público Estadual de São Paulo, da Bahia e de Santa Catarina, além do Procon paulista, reuniram-se com a montadora e pediram que ela convoque um recall do Fox.
Ela tem até a próxima sexta-feira para tomar a decisão. Se não fizer isso, poderá enfrentar inquéritos civis e um auto de infração por descumprir o Código de Defesa do Consumidor.
"Entendemos que a VW deva convocar um recall e adotar medidas para evitar acidentes. As medidas já anunciadas foram insuficientes", disse à Folha Roberto Pfeiffer, diretor-executivo do Procon-SP.
O banco traseiro do Fox -e dos derivados CrossFox e SpaceFox-, ao ser rebatido para ampliar o espaço do porta-malas, pode decepar o dedo de quem opera o sistema. Há oito vítimas que entraram na Justiça -nem todas perderam um pedaço do dedo-, e a VW informa que fez acordo com cinco.
Segundo Pfeiffer, o volume de acidentes demonstra que há incidência de risco, e os acordos são um "elemento a mais".
Em fevereiro, a montadora negou estar realizando um recall, mas disse que aumentaria a segurança do sistema. Para tanto, criou um anel de borracha para ser posto numa argola de ferro -se o motorista coloca o dedo ali e o banco volta em sua direção, ocorre o acidente.
A VW insiste que o rebatimento é seguro, desde que seguido o manual do proprietário. Ela lançou o site www.vw.com.br/bancodofox para explicar a operação. (JAA)


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