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Pneus "run flat" prometem, enfim, conforto
Nova geração de aros, que rodam até vazios, chega ao país sem ser unanimidade, mas dispensa o estepe
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O lançamento da terceira geração de pneus "run flat" (que
rodam mesmo sem ar) promete
amenizar a principal reclamação quanto ao produto: a falta
de conforto de rolagem.
Mesmo suprimindo a necessidade do estepe, ainda não são
unanimidade entre montadoras (leia texto abaixo).
Mas os pneus reforçados ganham cada vez mais espaço.
Nos EUA, devem equipar 4%
dos carros novos até 2011, enquanto, na Europa, marcas de
luxo como a BMW os aplicam
em vários modelos, incluindo
os exportados para o Brasil.
O diferencial dessa tecnologia é que o veículo pode continuar rodando por até 80 km
mesmo com o pneu furado. Isso
sem riscos de danos à roda e à
suspensão, contanto que a velocidade não exceda 80 km/h.
Para Fábio Lopes, gerente de
produto da Pirelli, o "run flat"
proporciona comodidade.
"O motorista não precisa estacionar o carro num local arriscado, por exemplo, só para
substituir um pneu murcho.
Mesmo nessa condição, o veículo dotado da tecnologia mantém a dirigibilidade", diz Lopes.
Outra promessa é o melhor
controle do automóvel quando
há perda de pressão repentina.
"Isso só é possível porque há
reforços nas paredes laterais do
pneu que permitem suportar o
peso do veículo e todas as torções geradas pela roda", explica
José Carlos Quadrelli, gerente
de engenharia da Bridgestone.
Estepe
A Bridgestone, pioneira nesse segmento com o Porsche
959, em 1987, encabeça o anúncio da terceira geração dos "run
flat", com intenção de rebater
críticas de falta de conforto dos
pneus -de rolagem menos macia que a dos comuns.
"A diferença é uma parede
mais maleável, produzida com
compostos que reduzem a geração de calor na deformação",
afirma Quadrelli.
Com isso, ele vê agora a possibilidade de a tecnologia chegar também aos modelos compactos equipados com rodas de
aro avantajado.
Continental e Michelin também comercializam no país
pneus do tipo reforçado.
Para designers automotivos,
os "run flat" são uma mão na
roda, pois liberam o espaço que
seria do estepe para outros
usos, como o aumento da capacidade do porta-malas. Na Toyota Sienna, a área extra sobre
o eixo traseiro permitiu instalar tração integral na minivan.
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