São Paulo, domingo, 07 de março de 2004

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Audi avalia se vai mesmo parar a produção do A3 no país

FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM GENEBRA

A próxima marca a deixar o Brasil -as últimas foram a japonesa Suzuki e a espanhola Seat, pertencente ao grupo Volkswagen- deve ser mesmo a Audi, também da Volks. Mas o martelo não foi batido. Tudo depende de uma decisão: que modelo poderia ser produzido na fábrica de onde hoje saem VW Golf e Audi A3?
Um provável acordo, que anularia os impostos de importação entre os países do Mercosul e a União Européia, faria a produção do Audi de quatro portas no Brasil perder o sentido.
"Não tem por que produzir o carro lá e não mandar nada para a Europa. O Brasil é um país privilegiado, pois é o único que fabrica o Audi A3 de cinco [quatro] portas. Lá são vendidos muito mais A3 de cinco [quatro] portas do que de três [duas]. Toda essa situação tem a ver com a economia brasileira", disse à Folha Jürgen De Graeve, que chefia o setor de comunicações das áreas corporativa e financeira da Audi AG.

Queda de presidentes
Segundo ele, porém, a decisão não está tomada. "Não seria uma boa saída. O Brasil é o mercado mais importante da América Latina." Na Europa, já roda uma versão renovada do Audi A3, mas só de duas portas. A de quatro portas não foi lançada ainda.
O futuro da Audi no Brasil teve várias versões na Europa. Segundo uma, os prejuízos da VW com o investimento na fábrica paranaense, aliados à perda da liderança para a Fiat, teria derrubado dois presidentes da companhia no país. A razão mercadológica continua a mais plausível. (LPz)


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