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Óculos escuros deveriam ser de série na C4 Picasso
Para-brisa enorme e reflexos no painel "pedem" proteção para os olhos
DA REPORTAGEM LOCAL
A Citroën sempre bagunçou
a cabeça dos que entram porta
adentro do 2CV, do DS, do XM
e agora da C4 Picasso.
Nela tudo está no lugar errado. Ou certo. É impossível se
sentir no seu próprio carro, o
que pode ser bom.
Você lança a mão no console
central procurando a alavanca
de câmbio e acha uma geladeirinha para resfriar a Coca-Cola.
Depois usa o dedão para levantar uma portinhola no console sonhando com os comandos do ar-condicionado. E nada. Surge o toca-CDs, até feioso
para o futurismo do painel.
Ora, e onde está a alavanca do
freio de mão? Não está. Só há
um botão escrito "(P)" com a
deixa de que é possível travar as
rodas ao estacionar.
Tudo conspira para bagunçar
a sua cabeça. Inclusive o para-brisa, que faz o motorista enxergar o mundo com outros
olhos. Sempre de óculos escuros, para protegê-lo do reflexo
do fecho cromado do painel e
das aletas atrás do volante.
Designers de interiores sabem que devem evitar cores
claras e cromados no painel.
Por fora, tudo bem. Dá requinte à grade e aos novos para-choques, mais envolventes que
os da Grand C4 Picasso.
Aliás, ela é a principal rival da
C4 Picasso (R$ 80,7 mil). Com
o mesmo motor 2.0 (143 cv), a
Grand sai por R$ 86 mil já com
teto de vidro, sensores de obstáculos dianteiro e traseiro e,
claro, dois banquinhos extras lá
atrás. Você pode até não querer
levar sua sogra, mas ela irá preferir a Grand.
(FABIANO SEVERO)
A Citroën cedeu o carro para teste
INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
www.maua.br
0/xx/11/4239-3092
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