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Bolonha cresce e aparece
Salão italiano traz 26 estréias e entra para a lista dos cinco mais importantes da Europa
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL À ITÁLIA
Berço de marcas como Alfa
Romeo, Fiat, Ferrari e Lamborghini, a Itália nunca teve uma
mostra automobilística de expressão. Mas o quadro está mudando: agora, incluído no calendário da Oica (organização
internacional das montadoras), o Salão de Bolonha reserva, menos de três meses após o
de Paris, 14 novos produtos,
além de apresentar aos europeus outras 12 novidades.
Ainda que não sejam tantas
assim, há estréias importantes.
Aberto ao público até o próximo domingo, o Salão de Bolonha revela o Toyota Auris,
substituto do Corolla na Europa, onde tinha a carroceria de
um hatchback. Criado para um
segmento cujas vendas, na Europa, devem diminuir 8% em
2006, o Auris foi concebido de
dentro para fora, sendo alto
(tem 1,52 m) e curto (4,22 m).
Suas rodas podem ser de até
17 polegadas. E, além de um bagageiro de 354 litros, há porta-trecos espalhados pela cabine
que somam outros 32 litros. O
Auris será produzido no Reino
Unido e na Turquia -e seria
uma boa opção como o terceiro
produto da Toyota feito no Brasil. A marca promete os novos
Corolla e Fielder para 2008.
Brasil faz escola
Uma criação brasileira tem
atraído cada vez mais a matriz
da Volkswagen. Depois do
CrossPolo e do CrossGolf, é a
vez de a minivan Touran -agora com a nova dianteira característica da marca- ganhar
aparência fora-de-estrada.
O mesmo aconteceu com o
Roomster, da Skoda, outra
marca do grupo VW. Mas o Fox
em exposição, fabricado no
Brasil e vendido na Europa, não
tem nada de "cross".
A grade do radiador da minivan agora é cromada, enquanto
a parte inferior dos pára-choques e o contorno das caixas de
roda são feitos de fibra de carbono. A CrossTouran também
apresenta uma distância do solo 12 mm maior que a da versão
sem a "maquiagem". O Roomster também traz a estética dos
carros "off-road", o que faz o
preço da versão 1.4 subir de
15.660 para 19.340.
Mais maquiagem
A Ford, que tem disfarçado
seus novos produtos em protótipos, mostrou a futura aparência da C-Max, a minivan derivada do Focus. Sua chegada ao
mercado europeu está prevista
para maio do ano que vem.
Real mesmo é o "face-lift" pelo qual passou o Opel Astra. Se
as mudanças externas foram
bastante sutis, o mesmo não se
pode dizer das alterações nos
motores. A estratégia do braço
europeu da General Motors é
oferecer motores de cilindrada
menor, com um consumo de
combustível reduzido. A opção
1.6 turbo substitui a antiga 2.0:
são 20 cv (cavalos) a menos
-180 cv contra 200 cv-, mas o
consumo está 13% menor, de
acordo com a montadora.
Outra marca do grupo, a Chevrolet, prova que consumo e
emissões de poluentes são
mesmo questões que preocupam boa parte do universo.
A gama Nubira -ou Lacetti, em
alguns países- ganhou motor a
diesel com 121 cv.
Segundo a marca, o hatchback faz 17,5 km/l e tem uma
autonomia aproximada de
1.000 km. Num continente
com países do tamanho de Sergipe, é possível ir de Paris a Berlim sem nenhuma escala no
posto de combustível.
O jornalista viajou a convite da Promotor International S.p.A.
NA INTERNET
www.motorshow.it
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