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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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"OFF-ROAD"

Mitsubishi vende sob encomenda carro igual aos de competição por R$ 173 mil; motor 3.2 é o mesmo do Pajero

L200 Evolution dá a mortais gosto de rali

Roberto Assunção/Folha Imagem
A L200 Evolution de Klever Kolberg


DO ENVIADO ESPECIAL A VALINHOS (SP)

Parece, mas não é. O velho slogan do xampu cabe perfeitamente para a Mitsubishi L200 Evolution. O desenho é o da picape feita em Catalão (GO), mas as semelhanças com a versão normal acabam por aí. A mecânica é a do Pajero, o chassi é tubular, e o consumidor pode comprar um veículo idêntico ao que já foi o segundo colocado no Rally dos Sertões.
Qualquer um pode ir a uma revenda Mitsubishi e encomendar a Evolution por R$ 173 mil. Segundo o piloto Klever Kolberg, que quer correr com ela no próximo Paris-Dacar, o preço é muito competitivo e está atraindo competidores estrangeiros: "Lá fora, um carro de rali não sai por menos de US$ 200 mil [R$ 645 mil]".
Desenvolvida pela HPE (High Performance Equipment), empresa coligada à Mitsubishi Motors, a L200 Evolution tem chassi tubular. Tudo é feito para o carro ficar leve, e a carroceria é formada por materiais de alta resistência que pesam apenas 50 quilos.
Isso não significa que a segurança é coadjuvante. Afinal, é um carro que precisa estar preparado para enfrentar tempestades de areia, por exemplo. "Essa picape já capotou e continua perfeita", diz Kolberg, terceiro colocado no Paris-Dacar de 2003 na categoria Super Production Diesel.
Foi na picape do piloto que a Folha percorreu um circuito de terra em Valinhos (85 km a noroeste de São Paulo). À frente do motorista, destaque para o conta-giros. O velocímetro fica voltado para o passageiro -melhor, para o navegador. Todos devidamente presos por cintos de seis pontos.

Conforto
No painel central, nada de toca-CDs ou ar-condicionado. Lá estão os marcadores de temperatura da água e da exaustão, da pressão de óleo e do turbo, além do controle de tração e buzina. "Os relês e fusíveis também ficam aqui porque o acesso é bem simples", explica Kolberg.
Usar a picape no dia-a-dia é uma tarefa bem complicada. Além da altura livre do solo de 31 cm, há uma barra de proteção entre o banco e a porta. Também não existe retrovisor interno, e a falta de carpete -e consequente isolante térmico- faz a temperatura ser alta no habitáculo.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


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