São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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Número de convocações cresce 35%

DA REPORTAGEM LOCAL

O recall não é novidade no Brasil. Novo é o aumento do número de convocações. Em 2007, foram 35% a mais que em 2006: 57 modelos de 15 marcas contra 42 carros de 12 marcas.
Os números são do Procon-SP, que monitora os recalls. Segundo o órgão, a General Motors é a campeã, com 13 convocações. Por modelo, o líder é o Volvo XC90 (quatro vezes).
"O aumento da produção e algumas dificuldades nos projetos, devido aos prazos exíguos, têm contribuído para o aumento dos recalls", afirma Paulo Butori, presidente do Sindipeças (sindicato das indústrias de autopeças).
Além disso, Butori diz que as montadoras exigem cada vez mais responsabilidade dos sistemistas. "O aumento nos custos de produção [de peças] não é repassado às montadoras, e pode haver prejuízo à qualidade do produto."
Para Milton Lubraico, gerente de novos programas de engenharia da Ford, não basta dizer que o produto tem qualidade. "O cliente precisa reconhecer isso no dia-a-dia." No ano passado, a Ford fez apenas um recall, com o Explorer.
É o mesmo número da Volkswagen (Passat), da Honda (Accord) e da Toyota (Hilux). O Fox já foi chamado em 2004 -troca da fechadura do capô- e em 2006 -em maio, para a substituição do software do motor e, em agosto, com possível defeito na galeria de combustível.
Para Ivan Pinto, professor da ESPM, "isso mostra que a empresa está comprometida com a responsabilidade social".


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