São Paulo, domingo, 13 de agosto de 2006

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Fusca tem sua tradição narrada em almanaque

Livro conta curiosidades como o apelido de sapo na Islândia

Divulgação
Exportado da Alemanha para os EUA a partir de 1949, o Fusca teve apenas duas unidades vendidas, mas a versão conversível o ajudou a ter sucesso

DA REDAÇÃO

É inegável a importância do Volkswagen Fusca na história. Desenvolvido por Ferdinand Porsche com as características técnicas ditadas por Adolf Hitler, o carro teve cerca de 22 milhões de unidades produzidas e 90 mil alterações, ainda que o desenho tenha sido o mesmo. Estrela de cinema e capa de disco, o Fusca celebra seu dia mundial em 22 de junho.
Essas e outras curiosidades compõem o "Almanaque do Fusca", de Fábio Kataoka e Portuga Tavares, que contam não só a trajetória do Fusca mas também as "histórias paralelas", como a rejeição da Rússia pelo modelo cuja produção ainda sustenta o título de a mais longa do mundo -o utilitário Kombi irá conquistá-lo.
Montado no Brasil desde 1953 -a produção com peças alemãs começou num galpão no Ipiranga (zona sul de São Paulo)-, o Fusca chegou ao país três anos antes. Eram 30 unidades, e a primeira foi comprada por Eduardo Andrea Matarazzo. E o nome só foi registrado pela VW no fim da década de 60, já que o oficial era Sedan.
O "Almanaque do Fusca" conta que as exportações do carro deram tão certo (a receita superou US$ 1 bilhão) que a VW criou um departamento só para elas. Os funcionários falavam ou escreviam 20 línguas.
Para mostrar a "evolução" do Fusca, o livro apresenta, com fotos, o Karmann-Guia, o "Zé do Caixão" (Fusca com quatro portas), a Variant, a Brasília, o SP2, além de Gurgel e Puma, que usavam partes do Besouro.
As propagandas também estão lá, mas legendas ajudariam o leitor a se situar no tempo. De qualquer forma, consultar o "Almanaque" é um bom passatempo. Afinal, nada mais atual que o Fusca: como diz o apresentador Cazé em depoimento à publicação, "o Fusca é um carro do povo, ao mesmo tempo em que se tornou moderno". (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


"ALMANAQUE DO FUSCA"
Fábio Kataoka e Portuga Tavares; Ediouro; 200 páginas; R$ 39,90


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