São 175 cv para empurrar apenas 1.140 kg; estabilidade é o destaque do carro

DA REPORTAGEM LOCAL

A bordo de um jipão que seguia pela av. Giovanni Gronchi (zona oeste), um garoto fazia do encosto de cabeça do utilitário a montanha para seu carrinho.
Coincidência ou não, o carro do pai anunciava, em um adesivo no vidro, que "a diferença entre meninos e homens é só o tamanho do brinquedo".
Isso talvez explique por que alguém desembolse R$ 120 mil pelo Mini Cooper S. E olha que o carrinho de apenas 3,71 m nem oferece tanto luxo assim.
Banco com ajuste elétrico ou sensor de estacionamento, por exemplo, são acessórios a que o modelo inglês tem aversão.
O espaço restrito do porta-malas (160 l) é outra deficiência. Mas quem disse que a versão mais cara do Mini Cooper nasceu para fazer frete? O retrô fabricado pela BMW mostra disposição mesmo para roubar a cena por onde passa.

Sobre trilhos
Das admiradoras, o que mais se escuta é: "que fofinho!". Realmente, as suas formas arredondadas dão a impressão de que ele tem bochechas pedindo para ser apertadas. Só não o provoque, pois o "S" na tampa traseira significa que o motor 1.6 16V é turbinado, totalizando 175 cavalos de potência -53 cv a mais do que a versão aspirada.
Tropa suficiente para empurrar o pequerrucho com rodas de 17" da imobilidade até os 100 km/h em pouco mais de 7s, de acordo com a montadora.
Marca que o teste Folha-Mauá, entretanto, não conseguiu aferir, já que o câmbio automático do Mini Cooper, como uma criança birrenta, resolveu "amarrar" na faixa dos 6.000 rpm. Nem acionando as borboletas atrás do volante ele agilizava a troca de qualquer uma das seis marchas.
Já nas curvas, o modelo esquecia a manha e as contornava como se estivesse sobre trilhos, mostrando o melhor resultado do cruzamento entre a precisão britânica e a engenharia alemã. Só falta descobrir de quem foi a ideia de colocar aquele velocímetro gigante no centro do painel. (FN)