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Em motos, freio sem ABS pode ser mais eficiente na terra
DA REDAÇÃO
O freio ABS tem comportamento diferente nas motos. É
mais útil no asfalto molhado do
que na estrada de terra.
Os sensores de monitoramento do atrito dos pneus costumam ficar perdidos quando a
moto anda em terra ou lama.
Para evitar o travamento dos
pneus, às vezes, permitem que
as rodas girem sem muita atuação das pinças de freio.
Por isso, as motos da BMW,
uma das primeiras a adotar o
sistema antitravamento, têm
um botão para desligar o ABS
na terra. "Se o piloto souber
frear sem o ABS, reduzirá a distância de frenagem em pisos
com menos aderência", explica
Maurício Fernandes, instrutor
do curso BMW Rider Training.
Segundo ele, a frenagem
mais eficiente -e não mais segura- ocorre quando se trava o
pneu traseiro, pois a terra acumulada na frente aumenta o arrasto. "Já o freio dianteiro exige
mais cuidado. Se travar, solte o
manete. A roda da frente volta a
girar e evita que a moto tombe",
aconselha Fernandes.
Honda
Mesmo assim, a Honda lançou há pouco a moto de uso
misto XRE 300 com um freio
ABS permanente.
"Não é possível desligá-lo.
Mas o sistema tem um tempo
de pressurização mais rápido e
com ciclo de atuação do ABS
mais curto, o que permite ótimo desempenho na terra", afirma Alfredo Guedes, engenheiro da Honda.
A XRE ainda traz o CBS (sigla
em inglês para sistema combinado de freios). Inaugurado em
1997 na CBR 1100 XX, o CBS
distribui a força de frenagem
entre as rodas dianteira e traseira e equilibra a frenagem.
Na prática, o ABS e o CBS
deixaram a XRE mais segura e
muito mais cara. A versão standard passou de R$ 12.890 para
R$ 15.390 -19,4% a mais.
Na CB 600 F Hornet, o ABS
encarece a moto em 10% (sobe
de R$ 33.260 para R$ 36.680).
(FABIANO SEVERO)
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