Jipe da Land Rover gasta menos que Gol e acelera como Mercedes C200

DA REDAÇÃO

Até parece história de pescador, mas um utilitário esportivo consome 8,5 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada -menos que um Volkswagen Gol 1.6. Graças ao diesel, o pescador some, e o mais luxuoso dos Land Rover consegue a proeza.
Com previsões pessimistas de que o barril do petróleo chegará a US$ 200, os jipões se tornaram tão perigosos quanto assassinos. O diesel pode ser a alforria -mas, no Brasil, ainda é raridade, especialmente no mercado de luxo. Apenas o Range Rover, seu "irmão" Discovery 3 e o Mercedes-Benz Classe M o queimam.
Vantagens não faltam. Além do consumo, o torque de 65,3 kgfm do Range Rover Sport está disponível a apenas 2.000 rpm. Isso significa que tem força em excesso para, por exemplo, rebocar uma lancha.
Ele tampouco faz feio ao acelerar. Segundo o teste Folha-Mauá, chega a 100 km/h em 9,28s. A Land Rover aponta o tempo de 7,6s para o motor a gasolina, que a fábrica diz consumir 4,4 km/l na cidade.
E um carro que custa a partir de R$ 275 mil não poderia deixar de ser bem equipado. Na versão SE, há teto solar elétrico, ar-condicionado digital, faróis de xenônio, tecnologia Bluetooth, seis alto-falantes.

Segurança na lama
Nem o peso de 2.455 kg transforma o Range Rover num monstro assassino. É equipado com freios a disco nas quatro rodas -os dianteiros são da Brembo- e letras como ABS (antitravamento), EBD (distribuição da frenagem) e ARM (anticapotamento).
Traduzindo em números, ele requer 53,4 m quando vem a 100 km/h e o motorista pisa fundo no pedal do freio. Uma Chevrolet S10 exige 62,3 m.
Ainda que a tradição lameira da Land Rover seja encarnada principalmente no Defender, o Range Rover é equipado para manter a linha, mesmo que seu motorista prefira o asfalto.
Esse inglês oferece o Terrain Response para ajustá-lo para andar em asfalto, lama, pedra, grama ou areia. Também há o Dynamic Response, um sistema que minimiza a inclinação da carroceria em curvas, mesmo em baixa velocidade.
E aí? Ainda prefere os jipões a gasolina? (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)