São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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Com vendas pífias, GM já pensa na 2ª geração do Volt

Hatch híbrido foi eleito o carro do ano nos EUA, mas, por US$ 33,5 mil, ainda é caro; em dezembro, emplacou só 326 unidades

DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT

No Salão de Detroit, o Volt recebeu o título de carro do ano. Mas as 326 unidades vendidas em dezembro mostram que há algo errado.
Não com a tecnologia revolucionária, que permite abastecer o carro com gasolina ou energia elétrica de tomada doméstica, o que proporciona um custo baixíssimo por quilômetro rodado.
O que assusta os americanos é o preço de US$ 33,5 mil, o mesmo do Camaro V8, que no Brasil sai por R$ 185 mil. O Volt só não é mais caro porque o governo dá isenção de US$ 7.500 para os elétricos.
Segundo Carlos França, engenheiro de desenvolvimento do Volt, o preço só cairá quando houver escala maior de produção e aperfeiçoamentos da tecnologia. "Já trabalhamos na segunda geração do Volt", adianta.
O Volt 2 é a carta na manga caso os futuros rivais Ford C-Max e Toyota Prius Plug-In, apresentados em Detroit, cheguem mais baratos.
No test-drive de 80 km, o Volt fez a metade do trecho com pouco mais de um litro de gasolina, apontava o computador de bordo -consumo de fazer inveja à moto CG 125.

VOLT NO BRASIL
Depois que a carga da bateria acabou, o motor 1.4 começou a funcionar para recarregá-la. Em casos extremos, ele empurra sozinho o carro. Por isso, muitos não o classificam como um carro elétrico, como pregava a GM.
Mesmo assim, dá para abastecê-lo só com gasolina, que é a grande vantagem dos híbridos sobre os 100% elétricos, como o Nissan Leaf (US$ 25 mil), que roda até 160 km com uma recarga de sete horas da bateria.
A GM espera vender 10 mil Volt nos EUA até dezembro. Antes, a montadora trará algumas unidades ao Brasil para demonstração. O principal alvo é o governo, que resiste a dar isenções para os "verdes".(FELIPE NÓBREGA)

A GM cedeu o Volt para avaliação


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