São Paulo, domingo, 16 de julho de 2006

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Perícia vira defesa contra diagnósticos suspeitos

Laudo de engenheiro custa R$ 900 e contesta revenda até na Justiça

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se a oficina ou a autorizada deu um diagnóstico duvidoso para um problema no carro, um perito pode fornecer um laudo -base para negociar solução amigável com a revenda ou fazer parte de ação judicial.
O Gape (Grupo de Avaliação e Perícia em Engenharia) identifica a causa das avarias. A adulteração de combustível, apontada como motivo de vários problemas, pode ser confirmada por especialistas.
"O erro da origem do problema é usual. Embora a falsificação de combustível seja comum no mercado, não é a causadora de grande parte dos defeitos mecânicos", esclarece o perito Jean Pierre Frederic.
Ele diz que, quando o motor é aberto, dá para ver se há peças carbonizadas, o que trava os anéis dos pistões e, em casos extremos, faz o motor parar de funcionar. "O processo é lento."
O comerciante Nelson da Silva Villar Filho contratou um perito depois que uma autorizada da Citroën informou que os anéis dos pistões de sua Xsara Picasso, com 26 mil quilômetros, estavam cristalizados por causa do combustível.
Inconformado e com um orçamento de R$ 12 mil em mãos, o comerciante ouviu do perito que o problema não havia sido causado pela gasolina.
A análise da Citroën ainda não foi concluída. Segundo a montadora, ainda que haja mudança no diagnóstico inicial, a extensão dos danos e o custo da reparação não serão alterados.

Na Justiça
Já o microempresário Cláudio Bezerra conseguiu desmentir a concessionária Chevrolet que dizia que o sobregiro do motor de seu Corsa Sedan, com apenas 5.000 quilômetros, havia sido motivado pelo modo como ele dirigia o carro.
Depois que um perito judicial constatou que o defeito era por falha na montagem do motor, Bezerra entrou na Justiça, motivo pelo qual a General Motors não se pronuncia. "A sentença determina que a montadora pague 50% do valor, e a autorizada, os outros 50%. A GM aceitou, mas a revenda não", conta Bezerra.
GAPE www.gape.com.br 0/xx/11/5507-3434

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