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peças & acessórios
Água e "batizados" estragam escape
Oxidação corrói o sistema e provoca ruídos, especialmente quando o carro roda pouco
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A água é a principal causa de
danos nos componentes do sistema de escapamento. Para
mantê-lo em forma, fique atento ao nível de ruído do veículo.
Segundo Antônio Corassini,
coordenador de assistência técnica da Magneti Marelli, 95%
dos casos de reparo no escapamento são por oxidação causada pelo acúmulo de água resultante da combustão do motor.
O mecânico Eduardo Abel
Rodrigues, da oficina Ligeirinho, observa que a vida útil do
escapamento tem diminuído
por causa de gasolina e álcool
adulterados. Eles têm produtos
corrosivos, como solventes.
Corassini explica que o escapamento é formado por quatro
componentes: dianteiro, intermediário e traseiro, além do catalisador (veja quadro ao lado).
O intermediário -conhecido
como abafador- e o traseiro
-o silencioso- são os mais afetados pela emissão de líquidos.
"As pessoas não sabem que,
quanto menos rodam, mais estragam o escapamento. Como a
água é um subproduto da combustão, quando o sistema não
aquece o suficiente para evaporá-la, ela fica retida no cano."
Original ou genérica?
O aumento de ruído acontece
porque a corrosão forma um
buraco no escape. Se a peça estiver com problemas, também
poderá transferir o cheiro de
combustível para o habitáculo.
Valdecir Rebelatto, gerente
da Mastra, explica que existem
as peças genuínas, as originais
oferecidas para reposição e as
similares. "Em geral, o consumidor leva gato por lebre."
Segundo Rebelatto, as peças
de aço inox são mais resistentes, mas mais caras. "Quando o
motorista descobre que o escapamento de aço galvanizado é
bem mais barato, acaba levando-o, mesmo sabendo que a vida útil pode ser a metade."
O conjunto traseiro de um
Volkswagen Gol 1.0 TotalFlex
2005 custa, na autorizada, R$
472. Numa oficina especializada, a peça original feita para o
mercado de reposição custa,
em média, R$ 100, já instalada.
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