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Copiados, chineses têm de enfrentar leis dos EUA
DO ENVIADO ESPECIAL A DETROIT
Na visão de analistas automotivos e de executivos das
montadoras, os carros chineses
ainda vão demorar para ultrapassar a Grande Muralha.
Mas, pelo segundo ano consecutivo, vieram a Detroit e
seus executivos falam em produzir carros baratos nos EUA.
"Ter uma linha de montagem
é uma opção de vir para a América", afirma o presidente da
Changfeng, Li Jianxin.
Ele acredita ser possível entrar nos EUA mesmo que o país
já tenha um mercado forte de
picapes e de jipes: "Reforçamos
nossa economia de combustível e nossa segurança".
Sem planos de ir para a América Latina, mas de olho numa
fábrica também na Europa, a
Changfeng parece perdida em
seus próprios objetivos.
No material distribuído à imprensa, ela diz que já se exibiu
num salão sul-americano em
2008, ainda que o de Detroit seja o primeiro do ano. A empresa
afirma que deve ser um engano,
já que existe a Changfeng Motors e o Changfeng Group.
A Chamco expõe os modelos
da ZXAuto com a promessa de
ser a primeira importadora de
carros chineses para a América
do Norte. Segundo a empresa,
serão 75 concessionárias para
vender utilitários e picapes por
a partir de US$ 13,5 mil
(R$ 23,5 mil). Em 2009, viriam
um sedã e um "crossover".
Já a BYD Auto diz que quer
vender nos EUA ainda em
2008, mas precisa antes atender às regras de segurança e de
emissões americanas. Também
precisa superar uma das maiores características dos carros
chineses: a cópia.
Todos os carros da BYD expostos em Detroit se parecem
com algum de outra marca. O
F3, por exemplo, tem a frente
do Toyota Corolla. Já o F8 une
a dianteira do Mercedes Classe
C com a traseira do Renault
Mégane CC. As montadoras
tradicionais reclamam dos plágios, mas não podem detê-los.
Ninguém pode acusar a Li
Shi Guang Ming Automobile
Design de falta de criatividade.
Seus carros elétricos, com autonomia de 200 km, são, no mínimo, exóticos. E os nomes parecem de livro infantil: O Livro
de Músicas, Um Pedaço de Céu
e Peixe Detroit.
(JAA)
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