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Por R$ 5.000, S60 evita atropelamento
Sedã da Volvo estreia detector de pedestre, que promete frear o carro e impedir acidentes em baixas velocidades
"Pai" do projeto nega o convite para servir de cobaia em simulação; em maio, protótipo falhou em apresentação
FELIPE NÓBREGA
ENVIADO ESPECIAL A SINTRA
(PORTUGAL)
A evolução estética e o refinamento mecânico da segunda geração do S60 seriam razões para promover o
modelo ao patamar dos rivais BMW Série 3 e Audi A4.
Mas é a sensação de compartilhar o volante com um
ser sobrenatural a principal
novidade do sedã da Volvo.
O inédito detector de pedestre desacelera o carro em
até 35 km/h na iminência de
um acidente.
A freada é brusca e chicoteia os ocupantes. Antes, um
apito breve ameniza o susto.
Acima dos 80 km/h, o "anjo
da guarda" fica inativo.
Derivado de tecnologia bélica, o sistema do S60 não
"vê" animais. O modelo também freia sozinho quando se
aproxima muito de outro veículo -recurso inaugurado
no "crossover" XC60.
Segundo estudos da Volvo, 400 vidas poderiam ser
salvas por ano só na Europa
se todos os carros possuíssem o detector de pedestre.
"Ele é útil em caso de distração, quando acontecem
93% dos acidentes", diz Daniel Wetterberg, engenheiro
responsável pelo sistema.
Convidado pela Folha para ser cobaia em uma simulação a 35 km/h -situação em
que o carro promete parar
completamente-, Wetterberg não aceitou, alegando
não ser aconselhável.
De acordo com a empresa,
o sistema não tira a responsabilidade do motorista.
SEM PROVA DE FALHAS
Em maio, durante uma simulação diante da imprensa, o sensor do S60 pré-série
não acionou o freio e o veículo bateu em um caminhão.
A montadora alegou que
uma falha na recarga da bateria comprometeu o teste,
mas não evitou uma mancha
na imagem da marca símbolo da segurança e do seu carro mais "autoconfiante".
Com bom acerto e direção
precisa, porém, o S60 T6 3.0
(304 cv) de tração integral é o
melhor Volvo para "pilotar".
Por R$ 150 mil, será a primeira versão a chegar, em
dezembro, e só o detector de
pedestre custará R$ 5.000.
O jornalista viajou a convite da Volvo, que
cedeu o carro para avaliação
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