São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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Amarok usa concorrência para vencer

Picape da VW é uma evolução da Hilux; Frontier é mais potente e tem bom espaço, mas peca no acabamento

Com biturbo, Amarok anda colada em Toyota e Nissan de maior cilindrada e se destaca pela dirigibilidade

RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há tempos que os principais atributos das picapes deixaram de ser potência e capacidade de carga. A Hilux inaugurou a fórmula de levar um pouco do conforto dos sedãs a veículos com o acabamento mais espartano.
A capacidade para enfrentar qualquer terreno foi mantida, ainda que muitos proprietários pouco saiam do asfalto. E como quem chega por último tem a obrigação de fazer melhor, a Volkswagen fez a lição de casa direito.
A montadora não esconde que mirou na Hilux desde o primeiro esboço, mas sua primeira picape-média leva vantagem pela leveza.
Toyota e Nissan Frontier têm acertos de suspensão de utilitário e direções mais pesada. Na Amarok, a sensação é a de estar dirigindo um Golf. Você quase esquece que está em uma picape de 2T.
Exceto pelo torque de 40 kgfm que faz qualquer subida parecer plana. Ele já aparece em tão baixas rotações que, em manobras curtas, é melhor sair em segunda para não deixar o carro morrer.
Na pista, porém, a VW fica um pouco atrás. A Hilux com câmbio manual é 1s mais rápida, aponta o teste Folha-Mauá. Mas a versão automática é mais lenta. A Frontier, por menos de 1s, também acelera mais que a Amarok.
Em retomadas, a picape da Nissan leva a melhor -demora 8s para ir de 60 km/h a 100 km/h. O mérito é do motor 2.5 turbodiesel de 172 cv, o mais potente dos três.
A Amarok, com dois turbos e injeção direta de diesel no motor 2.0, atinge a mesma potência de 163 cv do propulsor 3.0 turbodiesel da Hilux.
A Frontier -com entre-eixos 10 cm maior que o da Hilux- e a Amarok -10 cm mais larga que a Toyota- tratam melhor os ocupantes.
A picape da Toyota tem um bom acabamento, mas o passageiro encontra um pouco mais de aperto, principalmente no banco traseiro.

MUSCULAÇÃO
O utilitário da VW peca por alguns parafusos aparentes, mas tem painel moderno e esbanja tecnologia.
A tração é configurada por botões no console. Na Hilux, o motorista sofre com o engate manual duro.
Na Amarok, o câmbio bipartido ainda anula as vibrações comuns em veículos a diesel. Nos concorrentes, a "massagem" é de série.
Vendida apenas na versão mais completa e com câmbio manual, a VW custa R$ 119.490. Para ter o controle de estabilidade e os freios ABS, ajustáveis para asfalto ou para terra, some mais R$ 1.500. O sistema ainda controla a velocidade em descidas e impede que a picape recue em aclives.
A Frontier, mesmo a LE, tem acabamento bruto e dispensa computador de bordo para custar R$ 112.590.
Já a Hilux manual sai por R$ 119.630. A automática -representa cerca de 80% do "mix"- vai a R$ 126.450.


As montadoras cederam as picapes para teste

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