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Amarok usa concorrência para vencer
Picape da VW é uma evolução da Hilux; Frontier é mais potente e tem bom espaço, mas peca no acabamento
Com biturbo, Amarok anda colada em Toyota e Nissan de maior cilindrada e se destaca pela dirigibilidade
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há tempos que os principais atributos das picapes
deixaram de ser potência e
capacidade de carga. A Hilux
inaugurou a fórmula de levar
um pouco do conforto dos sedãs a veículos com o acabamento mais espartano.
A capacidade para enfrentar qualquer terreno foi mantida, ainda que muitos proprietários pouco saiam do asfalto. E como quem chega por
último tem a obrigação de fazer melhor, a Volkswagen fez
a lição de casa direito.
A montadora não esconde
que mirou na Hilux desde o
primeiro esboço, mas sua
primeira picape-média leva
vantagem pela leveza.
Toyota e Nissan Frontier
têm acertos de suspensão de
utilitário e direções mais pesada. Na Amarok, a sensação
é a de estar dirigindo um
Golf. Você quase esquece que
está em uma picape de 2T.
Exceto pelo torque de 40
kgfm que faz qualquer subida parecer plana. Ele já aparece em tão baixas rotações
que, em manobras curtas, é
melhor sair em segunda para
não deixar o carro morrer.
Na pista, porém, a VW fica
um pouco atrás. A Hilux com
câmbio manual é 1s mais rápida, aponta o teste Folha-Mauá. Mas a versão automática é mais lenta. A Frontier,
por menos de 1s, também
acelera mais que a Amarok.
Em retomadas, a picape da
Nissan leva a melhor -demora 8s para ir de 60 km/h a
100 km/h. O mérito é do motor 2.5 turbodiesel de 172 cv, o
mais potente dos três.
A Amarok, com dois turbos e injeção direta de diesel
no motor 2.0, atinge a mesma
potência de 163 cv do propulsor 3.0 turbodiesel da Hilux.
A Frontier -com entre-eixos 10 cm maior que o da Hilux- e a Amarok -10 cm
mais larga que a Toyota- tratam melhor os ocupantes.
A picape da Toyota tem
um bom acabamento, mas o
passageiro encontra um pouco mais de aperto, principalmente no banco traseiro.
MUSCULAÇÃO
O utilitário da VW peca por
alguns parafusos aparentes,
mas tem painel moderno e
esbanja tecnologia.
A tração é configurada por
botões no console. Na Hilux,
o motorista sofre com o engate manual duro.
Na Amarok, o câmbio bipartido ainda anula as vibrações comuns em veículos a
diesel. Nos concorrentes, a
"massagem" é de série.
Vendida apenas na versão
mais completa e com câmbio
manual, a VW custa R$
119.490. Para ter o controle
de estabilidade e os freios
ABS, ajustáveis para asfalto
ou para terra, some mais
R$ 1.500. O sistema ainda
controla a velocidade em
descidas e impede que a picape recue em aclives.
A Frontier, mesmo a LE,
tem acabamento bruto e dispensa computador de bordo
para custar R$ 112.590.
Já a Hilux manual sai por
R$ 119.630. A automática
-representa cerca de 80%
do "mix"- vai a R$ 126.450.
As montadoras cederam as picapes
para teste
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