São Paulo, Domingo, 21 de Março de 1999
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CARRO FOLHA 98

Desenho externo dá vitória à Gran Move

da Redação

A vitória da Daihatsu Gran Move na categoria van não foi uma tarefa das mais difíceis. Sua única concorrente, a Citroën Berlingo Multispace, precisa de um tempo para que o consumidor brasileiro se acostume ao seu desenho -para dizer o mínimo- estranho.
Mesmo assim, a disputa foi acirrada. Apenas cinco pontos percentuais separam as duas vans. Faz sentido, pois elas compartilham muitas características. Ambas têm o interior versátil e funcional.
Com suas alturas, elas proporcionam uma posição de dirigir bastante confortável. Apesar de espaçoso, o habitáculo das duas carece de mais esmero no acabamento. Facilidade de manobra e agilidade no trânsito urbano também são pontos de convergência.
Mas, quando chega a hora de comparar os carros por fora, surgem as razões que levaram os leitores a dar os cinco pontos percentuais a mais para a van japonesa. Apesar de uma certa dose de conservadorismo, o desenho da Gran Move consegue harmonizar uma frente curta com os grandes faróis de traços geométricos.
E os faróis são o começo do detalhe mais atraente no exterior do carro. Como têm cortes diagonais, eles iniciam uma linha que se estende até a tampa do porta-malas. Isso é suficiente para dar uniformidade e coesão ao conjunto.
Vidros traseiros escurecidos ajudam a atenuar os excessivos 1,58 m de altura do carro. Vista de relance, a van passa a ligeira imagem de uma perua que tomou uma dose exagerada de anabolizantes.
Associada à suspensão de curso longo e à distância de 16 cm em relação ao solo, a altura do carro obriga o motorista a redobrar a atenção nas curvas mais fechadas.
Cientes disso, os japoneses equiparam o carro com pneus baixos (175/65), o que diminui o problema da inclinação da carroceria nas curvas, mas não o resolve.

Versatilidade
É no interior que a Gran Move mostra a que veio. E é aí que a altura do carro revela todas as suas virtudes. Em qualquer assento da van, pessoas com 1,90 m podem viajar usando uma cartola.
Envolventes, os bancos foram feitos para acomodar até cinco passageiros com, segundo o fabricante, conforto. Mas recuse um convite para encarar a rodovia Belém-Brasília no banco central traseiro da Gran Move.
Começando por trás, ao abrir verticalmente a larga tampa do porta-malas, o motorista é brindado com um espaço de 400 litros.
Com o rebatimento dos bancos traseiros, o volume do porta-malas sobe para 850 litros e abre espaço para uma espécie de cama. Pena que o acabamento dê ao motorista a impressão de estar dormindo num hotel sem estrelas. (EF)




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