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CARRO FOLHA 98
Desenho externo dá vitória à Gran Move
da Redação
A vitória da Daihatsu Gran Move
na categoria van não foi uma tarefa
das mais difíceis. Sua única concorrente, a Citroën Berlingo Multispace, precisa de um tempo para
que o consumidor brasileiro se
acostume ao seu desenho -para
dizer o mínimo- estranho.
Mesmo assim, a disputa foi acirrada. Apenas cinco pontos percentuais separam as duas vans. Faz
sentido, pois elas compartilham
muitas características. Ambas têm
o interior versátil e funcional.
Com suas alturas, elas proporcionam uma posição de dirigir
bastante confortável. Apesar de espaçoso, o habitáculo das duas carece de mais esmero no acabamento. Facilidade de manobra e agilidade no trânsito urbano também
são pontos de convergência.
Mas, quando chega a hora de
comparar os carros por fora, surgem as razões que levaram os leitores a dar os cinco pontos percentuais a mais para a van japonesa.
Apesar de uma certa dose de conservadorismo, o desenho da Gran
Move consegue harmonizar uma
frente curta com os grandes faróis
de traços geométricos.
E os faróis são o começo do detalhe mais atraente no exterior do
carro. Como têm cortes diagonais,
eles iniciam uma linha que se estende até a tampa do porta-malas.
Isso é suficiente para dar uniformidade e coesão ao conjunto.
Vidros traseiros escurecidos ajudam a atenuar os excessivos 1,58 m
de altura do carro. Vista de relance, a van passa a ligeira imagem de
uma perua que tomou uma dose
exagerada de anabolizantes.
Associada à suspensão de curso
longo e à distância de 16 cm em relação ao solo, a altura do carro
obriga o motorista a redobrar a
atenção nas curvas mais fechadas.
Cientes disso, os japoneses equiparam o carro com pneus baixos
(175/65), o que diminui o problema da inclinação da carroceria nas
curvas, mas não o resolve.
Versatilidade
É no interior que a Gran Move
mostra a que veio. E é aí que a altura do carro revela todas as suas virtudes. Em qualquer assento da
van, pessoas com 1,90 m podem
viajar usando uma cartola.
Envolventes, os bancos foram
feitos para acomodar até cinco
passageiros com, segundo o fabricante, conforto. Mas recuse um
convite para encarar a rodovia Belém-Brasília no banco central traseiro da Gran Move.
Começando por trás, ao abrir
verticalmente a larga tampa do
porta-malas, o motorista é brindado com um espaço de 400 litros.
Com o rebatimento dos bancos
traseiros, o volume do porta-malas
sobe para 850 litros e abre espaço
para uma espécie de cama. Pena
que o acabamento dê ao motorista
a impressão de estar dormindo
num hotel sem estrelas.
(EF)
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