da Reportagem Local

A disputa no segmento dos utilitários esportivos trouxe um resultado que qualquer teste de direção e um conhecimento maior da proposta do segmento teria eliminado: um empate entre Pajero Sport e Grand Blazer.
Para começar, nenhum dos dois tem a opção de tração nas quatro rodas, item quase obrigatório em qualquer utilitário esportivo, tipo de veículo com pose de valente, mas que, sem a tração 4x4, pode atolar como um carro de passeio.
O Pajero Sport tem o benefício da dúvida, nesse caso. A Folha não chegou a colocá-lo em situações fora-de-estrada durante o tempo em que ele foi avaliado, um percurso de cerca de 50 km em um dia.
O utilitário da Chevrolet, porém, mostrou que não tem a menor vocação para o ofício. Atolou fácil em duas ocasiões, inclusive durante a seção de fotos que ilustram essa reportagem. Não mereceria figurar entre os primeiros.
O painel, com problemas de montagem, usa plástico de má qualidade, a sua suspensão é mole demais e o seu motor é o ultrapassado 4.1 do Opala, com 138 cv.

Tamanho
Para os norte-americanos, existe o Tahoe, equivalente ao Grand Blazer, com um motor Vortec V8 5.7 de 229 cv. Cheia de gente e de carga, a versão que nos foi concedida parece um carro 1.0 alto.
A maior qualidade do Pajero e do Grand Blazer é a beleza. Um aparenta ser delicado, enquanto o outro, com suas proporções, chama a atenção nas ruas e assusta os motoristas que estiverem no caminho.
Por mais esforço que façam, as pessoas que insistem em andar na faixa da esquerda a 20 km/h e que desconhecem a função de um retrovisor se curvam diante do carrão pedindo passagem.
Quem pensa que, por ser um utilitário, o Pajero balança nas curvas, tem uma surpresa agradável: ele é firme como um bom carro de passeio. Nada de inclinações exageradas, como as do Grand Blazer.
O carro da GM dá a impressão de que pode capotar, piorada pela direção hidráulica, tão suave que chega a ser imprecisa. (GHR)

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