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Meriva ganha motor 1.4 sem ficar mais econômica
Propulsor mais fraco da minivan a deixa só 0,2 km/l menos "beberrona"
DA REDAÇÃO
Quando, em 2007, a Chevrolet lançou a Montana com motor 1.4, ela não estava completamente segura de que um carro "carregado" pudesse ter um
propulsor que não o 1.8. Mas o
consumidor aceitou, e agora o
1.4 equipa também a Meriva.
Acompanhado de uma nova
grade e de lanternas translúcidas, o motor revigora a minivan, que sempre ficou para trás
da Fiat Idea em vendas. E a
Idea sempre teve motor 1.4.
Na pista de testes, a diferença
de desempenho entre os motores 1.4 e 1.8 é clara. Da imobilidade aos 100 km/h, por exemplo, a Meriva 1.4, com álcool, leva 13,93s. A 1.8, a partir de agora
equipada apenas com câmbio
automatizado, exige 11,88s.
A Idea 1.4, testada em 2007,
fica ainda mais para trás, com o
tempo de 16,81s. Sua revanche,
no entanto, aparece no consumo. Em percurso urbano com
gasolina, ela roda 2,5 km a mais
que a Meriva 1.4.
Aliás, o consumo da minivan
da Chevrolet prova que seu temor inicial tinha razão de ser
-e que, com motor 1.4, ela só
deve ser a escolhida se o motorista fizer questão do câmbio
manual ou se não tiver os R$
2.450 da diferença entre os preços básicos da 1.4 e da 1.8.
Na cidade, o propulsor mais
fraco anda 7,5 km com um litro
de álcool, apenas 300 m a mais
que o motor maior -ou 200 m
na estrada. A diferença urbana
é de 400 m com gasolina.
Ou seja, melhorias que otimizariam o consumo, como o coletor de admissão em plástico
-feito para diminuir o peso- e
o cabeçote do motor com balancins roletados -o que diminui o atrito- não conseguiram
ser assim tão eficientes.
Vou de táxi
Com 19% das vendas para taxistas e outros 30% para frotistas, a Meriva tem preço inicial
de R$ 45.790 com motor 1.4.
Entre os itens de série, há ar-condicionado, trava e vidros
elétricos e direção hidráulica.
A Fiat cobra R$ 42.590 pela
Idea 1.4, mas o ar-condicionado
é vendido como opcional junto
com vidros escurecidos e pára-brisa dégradé por R$ 4.108.
Sorte da Chevrolet que suas
pesquisas indicam que a aparência é o primeiro fator de
compra -uma barra cromada
foi colocada na tampa do porta-malas para dar um ar mais sofisticado. Depois, o cliente considera o espaço e o conforto.
Ninguém fala em desempenho.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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