São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Meriva ganha motor 1.4 sem ficar mais econômica

Propulsor mais fraco da minivan a deixa só 0,2 km/l menos "beberrona"

DA REDAÇÃO

Quando, em 2007, a Chevrolet lançou a Montana com motor 1.4, ela não estava completamente segura de que um carro "carregado" pudesse ter um propulsor que não o 1.8. Mas o consumidor aceitou, e agora o 1.4 equipa também a Meriva.
Acompanhado de uma nova grade e de lanternas translúcidas, o motor revigora a minivan, que sempre ficou para trás da Fiat Idea em vendas. E a Idea sempre teve motor 1.4.
Na pista de testes, a diferença de desempenho entre os motores 1.4 e 1.8 é clara. Da imobilidade aos 100 km/h, por exemplo, a Meriva 1.4, com álcool, leva 13,93s. A 1.8, a partir de agora equipada apenas com câmbio automatizado, exige 11,88s.
A Idea 1.4, testada em 2007, fica ainda mais para trás, com o tempo de 16,81s. Sua revanche, no entanto, aparece no consumo. Em percurso urbano com gasolina, ela roda 2,5 km a mais que a Meriva 1.4.
Aliás, o consumo da minivan da Chevrolet prova que seu temor inicial tinha razão de ser -e que, com motor 1.4, ela só deve ser a escolhida se o motorista fizer questão do câmbio manual ou se não tiver os R$ 2.450 da diferença entre os preços básicos da 1.4 e da 1.8.
Na cidade, o propulsor mais fraco anda 7,5 km com um litro de álcool, apenas 300 m a mais que o motor maior -ou 200 m na estrada. A diferença urbana é de 400 m com gasolina.
Ou seja, melhorias que otimizariam o consumo, como o coletor de admissão em plástico -feito para diminuir o peso- e o cabeçote do motor com balancins roletados -o que diminui o atrito- não conseguiram ser assim tão eficientes.

Vou de táxi
Com 19% das vendas para taxistas e outros 30% para frotistas, a Meriva tem preço inicial de R$ 45.790 com motor 1.4. Entre os itens de série, há ar-condicionado, trava e vidros elétricos e direção hidráulica.
A Fiat cobra R$ 42.590 pela Idea 1.4, mas o ar-condicionado é vendido como opcional junto com vidros escurecidos e pára-brisa dégradé por R$ 4.108.
Sorte da Chevrolet que suas pesquisas indicam que a aparência é o primeiro fator de compra -uma barra cromada foi colocada na tampa do porta-malas para dar um ar mais sofisticado. Depois, o cliente considera o espaço e o conforto. Ninguém fala em desempenho.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


Texto Anterior: Fermento nos compactos
Próximo Texto: Cartas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.