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Q5 quer provar que emoção vende carro
Audi tem navegação em 3D e sistema de "escolha" de suspensão
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A VALENCIA (ESPANHA)
A vida do BMW X3 sempre
foi fácil. Ainda que o Land Rover Freelander beliscasse uma
venda ou outra, ele teve no
mundo todo quase 430 mil unidades vendidas desde seu lançamento, em 2004, até o ano
passado -no Brasil, foram apenas 780. Mas a moleza acabou.
Neste ano, a Mercedes-Benz
lançou o GLK, e a Volvo começa
a vender, em outubro, o XC 60.
A Audi, que tanto tempo demorou para entrar no segmento de
utilitários com o Q7, aprendeu
a acelerar e já tem seu Q5.
É verdade que ele só chega ao
Brasil na metade de 2009, então muito do que tem pode não
ser tão novo assim daqui a um
ano. Mas os europeus podem
comprar um carro que inaugura uma boa dose de tecnologia,
como o câmbio DSG (com dupla embreagem) casado com
um motor longitudinal.
Mas a Audi não quer vender
apenas tecnologia, algo presente até no seu slogan. Os alemães
aprenderam que emoção também ajuda a vender veículos.
"Produtos que suscitam
emoções e tecnologias inovadoras para atrair os clientes é a
filosofia à que nos entregamos
com paixão", observa Frank
Drever, responsável pelas unidades fabris da Audi.
Por isso um dos mimos mais
emotivos é o sistema de navegação. Feito em parceria com
uma empresa que desenvolve
videogames, ele é em três dimensões e mostra os destaques
das cidades. Se você estiver dirigindo em Paris, verá o Arco do
Triunfo na tela -e à sua frente.
Mas isso não é tudo, pois o Q5
é um brinquedo de gente grande. Há um sistema que permite
escolher o modo de condução
(deixa a suspensão mais rígida,
por exemplo). Também há um
motor 3.2 V6 (seis cilindros em
"V") com injeção direta de gasolina de 273 cv (cavalos).
Será importado um segundo
propulsor. Trata-se de um 2.0
Turbo, que tem 214 cv e carrega
o utilitário com facilidade. A escolha de uma potência menor
não deve ser balizada só pelo
consumo, pois o Q5 tem LEDs
nos faróis, o que permite economizar 0,2 l de combustível a
cada 100 km percorridos.
Cupê
O lado emocional do Q5 termina -ou seria começa?- com
seu design. A linha caída do teto, por exemplo, tem a intenção
de transformá-lo num cupê.
Mas seu segredo, acredita a
Audi, são suas dimensões, semelhantes às do X3. Ele tem
4,63 m de comprimento -contra 4,57 m do BMW-, mas é 2
cm mais baixo. Esses números,
aliados à tração 4x4, permitem
atravessar 50 cm de água.
De qualquer forma, não deixa
de ser gratificante mostrar ao
vizinho que, com a chave no
bolso, seu carro liga ao toque de
um botão. Ou que o som do seu
utilitário é assinado pela dinamarquesa Bang & Olufsen.
JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da
Audi, que cedeu o carro para avaliação
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