São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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Q5 quer provar que emoção vende carro

Audi tem navegação em 3D e sistema de "escolha" de suspensão

JOSÉ AUGUSTO AMORIM
ENVIADO ESPECIAL A VALENCIA (ESPANHA)

A vida do BMW X3 sempre foi fácil. Ainda que o Land Rover Freelander beliscasse uma venda ou outra, ele teve no mundo todo quase 430 mil unidades vendidas desde seu lançamento, em 2004, até o ano passado -no Brasil, foram apenas 780. Mas a moleza acabou.
Neste ano, a Mercedes-Benz lançou o GLK, e a Volvo começa a vender, em outubro, o XC 60.
A Audi, que tanto tempo demorou para entrar no segmento de utilitários com o Q7, aprendeu a acelerar e já tem seu Q5.
É verdade que ele só chega ao Brasil na metade de 2009, então muito do que tem pode não ser tão novo assim daqui a um ano. Mas os europeus podem comprar um carro que inaugura uma boa dose de tecnologia, como o câmbio DSG (com dupla embreagem) casado com um motor longitudinal.
Mas a Audi não quer vender apenas tecnologia, algo presente até no seu slogan. Os alemães aprenderam que emoção também ajuda a vender veículos.
"Produtos que suscitam emoções e tecnologias inovadoras para atrair os clientes é a filosofia à que nos entregamos com paixão", observa Frank Drever, responsável pelas unidades fabris da Audi.
Por isso um dos mimos mais emotivos é o sistema de navegação. Feito em parceria com uma empresa que desenvolve videogames, ele é em três dimensões e mostra os destaques das cidades. Se você estiver dirigindo em Paris, verá o Arco do Triunfo na tela -e à sua frente.
Mas isso não é tudo, pois o Q5 é um brinquedo de gente grande. Há um sistema que permite escolher o modo de condução (deixa a suspensão mais rígida, por exemplo). Também há um motor 3.2 V6 (seis cilindros em "V") com injeção direta de gasolina de 273 cv (cavalos).
Será importado um segundo propulsor. Trata-se de um 2.0 Turbo, que tem 214 cv e carrega o utilitário com facilidade. A escolha de uma potência menor não deve ser balizada só pelo consumo, pois o Q5 tem LEDs nos faróis, o que permite economizar 0,2 l de combustível a cada 100 km percorridos.

Cupê
O lado emocional do Q5 termina -ou seria começa?- com seu design. A linha caída do teto, por exemplo, tem a intenção de transformá-lo num cupê.
Mas seu segredo, acredita a Audi, são suas dimensões, semelhantes às do X3. Ele tem 4,63 m de comprimento -contra 4,57 m do BMW-, mas é 2 cm mais baixo. Esses números, aliados à tração 4x4, permitem atravessar 50 cm de água.
De qualquer forma, não deixa de ser gratificante mostrar ao vizinho que, com a chave no bolso, seu carro liga ao toque de um botão. Ou que o som do seu utilitário é assinado pela dinamarquesa Bang & Olufsen.


JOSÉ AUGUSTO AMORIM viajou a convite da Audi, que cedeu o carro para avaliação

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